Março 2015... INÍCIOS POÉTICOS


Foto de Jônatas David Brandão Mota.

INÍCIOS POÉTICOS I... Dizem as estórias mais histórias que Teixeira foi descoberta, ou melhor nesta oferta, Teixeira foi inventada, e isto parece ser mais real, a história que melhor é contada; é como uma poesia que que foi iniciada, tem sido bem delimitada, tem se mostrado bem desenhada, uma invenção que tem dado certo, que tem nos deixado muito perto, do que realmente aconteceu. Lenhadores, isto mesmo, aqueles primeiros que por aqui apareceram, depois que as nações indígenas daqui desapareceram, foram nossos inventores, os poetas que tudo iniciou; os tempos passaram, aquela poesia se estruturou, as pessoas vieram e nela navegaram, e aquela poesia em moça se tornou, e a beleza de Teixeira se ascende em devoção que ponderou. Lenhadores, homens de machados em canetas que escreviam, desbravadores das matas que nos escondiam, dos poemas que nos denunciam, das histórias que nos falam e a todos prenunciam; lenhadores nos inventaram desde meados dos século passado, invadiram nossas terras e nossas vidas, nos trazendo novas guaridas, fazendo a bela menina surgir no palco do existir, e todos em si, contemplaram. Teixeira de Freitas é realidade, e na flor da sua mocidade, já encanta e floreia os jardins de toda uma região com suas disparidades.


Foto de Jônatas David Brandão Mota.

INÍCIOS POÉTICOS II... Aqueles primeiros homens, depois de tudo que antes envolveram nossas terras e nossos prelúdios, aqueles lenhadores desbravadores, chegaram até onde nós estamos; viveram trazidos pela madeira de lei que tínhamos em abundância, madeira que nos enriquecia e nos escondia, e, que num determinado momento, passou a atrair o mundo para tudo que somos. Aqueles homens vieram em busca, por aqui encontraram, por aqui trabalharam, e por aqui ficaram, e, do muito que tiraram, e do muito que ainda deixaram, fez convergir muitos olhos sobre nós; foram pioneiros, boiadeiros da riqueza, prova de que pobreza não era a nossa sina, e por mais que a história previna, passamos a ser quadro de esperanças e sonhos de todos que vieram após. Aqueles homens lenhadores podemos considerar provedores, instaladores proeminentes das estrelas que nos guiariam pelos caminhos de progresso que trilhamos, que nos aventuramos então; são os primeiros, depois dos muitos outros que não temos nomes, a formularem os relatos que nos trouxeram do esquecimento, que nos deram o favorecimento de ser a princesa de uma região. Teixeira nasceu de procuras, de homens valentes que se doaram nas fresturas de mata que se abriu, na buscança da madeira que nos construiu.


Foto de Jônatas David Brandão Mota.

INÍCIOS POÉTICOS III... Nossos primeiros desbravadores, descobridores de nossas terras, construtores de nossa história, sonhadores de nossas glórias, lenhadores poetas de nosso encanto; trazidos pelos destinos, movidos pela vontade de conhecer de perto as riquezas que oferecíamos em galhos e copas, chegaram e muitos deles ficaram, chegaram trazendo seus acalantos. Os que se estabeleceram, logo se amanheceram, vieram fundar o que se passou a chamar “Porta Aberta”, o melhor lugar de boas vindas, o melhor lugar para mandingas para se enamorar; traziam na bagagem as suas gentes, suas parentelas, logo construíram esta porta maviosa que nunca se fechou, que até hoje nos engraçou, nos fez nascer ou chegar e então se acomodar. Esta porta, desde o início sempre se marcou com aberta, escancarada, atrativa como nada, um canto angelical de sereias do bem que só Teixeira tem, que que até hoje canta ao mundo; esta porta aberta, aquela que logo se nasceu de vinda daqueles tais, cruzou anos, décadas, séculos, vamos dizer assim, pois até no futuro podemos entender e deslumbrar, no fundo, no fundo. Aqueles homens vieram, e nunca deixaram de chegar, aquela porta aberta aberta ficou, e nunca deixou de ficar, é ela que ainda atrai tanta gente, é ela que nos faz, a ela, amar.


Foto de Jônatas David Brandão Mota.

INÍCIOS POÉTICOS IV... Porta Aberta estava iniciada, já era princípio dos anos 50, a mataria que fechava nossos horizontes, já dava espaços para a implantação de um lugar futurista; os lenhadores começaram os primeiros momentos de nossa terra, eles se materializaram na construção de seus espaços, de seus sonhos, de seus abraços, deram origem ao nosso espírito bairrista. Estava começada a formação de um aglomerado de casas, todas muito simples, todas muito saradas, era o começo de uma longa história, continuação de outra que não sabíamos contar; estava plantada uma pequena formação de famílias, gente de bem que num espírito que convém, estava se juntando na busca de “vinténs”, na busca de um doce e agradável lugar. Quanto mais o tempo passava, e os anos realmente passaram, e a vida de todos se enraizava, e o trabalho e o sustento se locupletava, o pequeno vilarejo se mostrava robusto e viril; quanto mais o tempo passava, mais o lugar se organizava, se ostentava como ideal, como providencial, como um paraíso que há tanto tempo esperava aquela gente boa chegar, então se abriu. A “Porta Aberta” estava lançada, o mundo de progresso em oportuna temporada, era Teixeira que engatinhava, era tudo que nossa terra, para hoje o que somos, precisava.


Foto de Jônatas David Brandão Mota.

INÍCIOS POÉTICOS V... Porta Aberta cresceu, cresceu demais, e, por meados dos anos 50, novo nome veio compor a história do nosso lugar, outro, novo nome veio ser posto no vilarejo; São José do Itanhém, por estar ao lado do rio que banha e se faz importante pela região, o lugarejo crescido agora toma novo porte, novas esperanças, novos sonhos, surgia um novo lampejo. O que era um lugar qualquer, com algumas muitas casas espalhadas com seus primeiros moradores, agora já se fazia uma menina maior, mais cheia de jeitos e trejeitos de mulher; Teixeira saira do engatiar de antes, e, agora, já se faz uma garota tomando formas que determinarão seu futuro, atraindo com seus dotes, famílias e famílias, todo o tipo a se escolher. Com este nome instalava-se no oiteiro uma nova chamada ao que houvera antes, ao que havia constante, ao que haveria em Abrantes, uma nova chamada de incentivo aos que aqui, entre nós, viviam; era um novo presságio, como sendo um novo adágio, um contágio quase familiar que fazia o grande vilarejo a enxugar-se, e, assim, mostrar-se, um incentivo aos que também, aqui morariam. Era uma beleza só, uma alegria só, desfrutada por todos aqueles que faziam aqueles tempos, com mais, os demais que o destino traria depois daqueles momentos.


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INÍCIOS POÉTICOS VI... Uma das marcas herdadas da Porta Aberta, foi a facilidade para o crescimento, para o chegar de gente, o fincar novas famílias, foi uma herança incomensurável; isto mesmo continuou acontecendo com o São José do Itanhém, esta mesma pressa em ser gente, em desenvolver seus limites, em promover suas amplitudes, sua esperança imensurável. Os tempos passavam, as ruas se esticavam, mais casas se aglomeravam, a mocinha estava em crescimento, vivia seu fomento de existência, tornava-se a garota adolescente entre nós; suas belezas se estonteavam, visivelmente se mostravam, e, por sua localização privilegiada, num planalto arrebatador, ela ia se firmando, a todos inflamando, como se fizesse um atóis. O lugar continuava a crescer, as pessoas vinham e traziam novo alvorecer, era o jeito atrevido dela se desenvolver, fazendo-se sedutora, encantadora, atraindo os de perto e os de longe; muitos e muitos chegaram, alegres e dispostos, cruzavam a distância, viviam a constância, saiam contanto a beleza que a terra tinha, que para eles mantinha, fazendo-os cativos como a monges. Naqueles tempos, antes de Teixeira ser Teixeira, muitos viam e anteviam o que o lugar lhes oferecia; muitos chegaram, plantaram e se doaram, e era muito o como se ofereciam.


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INÍCIOS POÉTICOS VII... A menina crescia, de um nome para outro, deste nome para outro, e a adolescência foi coroada com novo nome de porte e forte, marcando um momento para outro; Porta Aberta para São José de Itanhém, e agora Teixeira de Freitas, novo nome para uma história que se abre a novos relatos, a novos apartos, a novos atos de episódios doutros. Desta feita, o nome era oficial, uma homenagem sem igual, patente a alguém que era significativo ao Brasil, alguém baiano que dera orgulho varonil, que agregou ao povoado de então, um latente alvorecer; o estatístico homenageado caiu em boa terra, a gente que emprestou seu nome é exemplo para seus feitos a bem nacional, no mesmo ritmo geométrico, gente que nasceu para crescer. Eis o novo nome da nossa terra, eis o novo nome que o futuro encerra, nome coerente com nossa vocação, com as estrofes em nossa canção, o andor exuberante que nos move ao progresso de sempre; eis o nosso nome, a esperança que nos alimenta e consome, que nos faz gente ordeira, triunfante, que nos dá brilhos de quem já nasceu para, em qualquer situação, manter-se o mesmo, manter-se constante. Teixeira é uma das poucas coisas que nasceu predestinada, por sua história tomada, nasceu para crescer e crescer todo mundo na mesma toada.


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INÍCIOS POÉTICOS VIII... Quando emancipado, em 1985, a novel cidade, com todos os seus encantos, foi formado com territórios próximos, que antes pertenciam a Alcobaça e Caravelas; duas cidades mães que deram de si para que nossa terra tomasse o corpo que passou a ter, que deram de si para que nossa gente a forma graciosa que passou a ser, de verdade, entre as belas. Com um pouquinho daqui, com um pouquinho de lá, junto com a emancipação veio um razoável território que nos daria espaço para mais crescer, para mais produzir, para mais ser o que seria; sem prejudicar o tamanho das terras que cada cidade vizinha tinha, e que, continuou a ter, a nossa querida Teixeira passou a ter o território necessário para a estória que a história, a nós, daria. Sem tirar nem por, naquele momento ideal, quando abríamos mais uma página fatal para o que tínhamos a contar de nós mesmos, foi-nos dado o espaço que nos era cabível para nossos sonhos; era uma terra rica, ótima para toda produção vigente, sem tormentos e sem futrica, o que dava, entre outras coisas, um ar de plenitude ao povoado que se emancipava num momento risonho. Filha das mães, com espaços das mães, Teixeira tinha como fazer seus pães, tinha como se enriquecer, tinha como, a muitos, enriquecer, e assim fez, e assim tem feito, assim está a fazer.


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INÍCIOS POÉTICOS IX... A lei foi sancionada, Teixeira de Freitas foi emancipada, um novo tempo estava surgindo para todo mundo, para toda uma região, para um Estado, para uma nação; a Lei 4.452 de 9 de Maio de 1985 entrava em vigor, muita coisa já estava a se impor, e a nossa cidade surgia a contrapor o futuro lento que a história narrava para toda aquela nossa situação. Estava implantado o Município de nossa cidade, o que era um povoado, mesmo grande, agora era só felicidade, as aspirações contagiantes que nos incomodavam, agora eram só afeto e esperanças; os olhos do mundo que antes nos observavam, que antes nos acomodavam, agora se voltam todos para o que somos e tudo que temos, se voltam para as maneiras que teríamos para nossas pujanças. Estava posto toda a estrutura necessária para nosso arrancão, tudo, mais que antes, estava posto para propiciar toda nossa pretensão, toda nossa pressa em virar uma cidade de verdade; foi só um ponta pé inicial, um pequeno empurrão que nos fazia o tal, que nos deixava com toda ferramenta às mãos para que, nós mesmos, destemidos, cultivássemos as raízes da nossa prosperidade. A Lei chegou, ela se instaurou, ela nos provocou meios maiores e melhores para que assumíssemos, de vez, os lemes de nossa altivez, os lemes da nossa liberdade.


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INÍCIOS POÉTICOS X... Foi num “abrir e fechar de olhos”, foi “num piscar de olhos”, foi muito rápido, tão rápido quanto o nascer e crescer do povoado, foi tão rápido quanto a emancipação; no momento em que foi declarado “município”, Teixeira de Freitas parece que mudou do “dia para a noite”, rápido, muita coisa mudou, muito dela mudou, a menina tornou-se paixão. Logo após as festas da emancipação, parece que as ruas tornaram-se ruas, as casas tornaram-se casas, tudo tornou-se tudo, e a nova cidade parece que tomou jeito de cidade, era outra muito diferente; as pessoas passaram a ser pessoas, as conversas passaram a ser conversas, os relacionamentos se tornaram relacionamentos, a cidade toda tornou-se a cidade que queria ser contente. A sede ganhou foros de cidade, até nossos políticos se tornaram políticos de verdade, e Teixeira em sua veracidade civil, de cabeça erguida, para seu futuro seguiu, marchou para seu destino; em todos os sentidos, aquela foi a data das datas, a coroação de todo um passado, com muito trabalho, com muitos sonhos; tornou-se o futuro cantado em um tempo que tem passado repentino. A primeira parte da existência de nossa terra estava vencida, estava totalmente alcançada; aquele 1985 virou-se uma página para um novo que já acontecia, uma nova estrofe já afiançada.


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INÍCIOS POÉTICOS XI... No início de 1985 em cidade, o povoado se consagrou, a festa estava iniciada, o sonho antigo se deflagrou, a estória estava encantada, tudo preciso já acontecera; veio então, festejando toda a ocasião, a instalação de toda a estrutura jurídica, a cidade viraria cidade de verdade, era a garantia de toda a municipalidade, o triunfo final do que a história promovera. O processo já estava começado, o povo aguardava todos os passos do que estava planejado, era a festa que continuaria no seio de uma população ansiosa por ver-se madura; a instalação chegou, o povoado, em tudo que provocou, estava fadado a cumprir os ditames que seu destino lhe impunha, todos os conclames que deveriam ser cumpridos naquela propositura. As comemorações iniciadas estavam, como que suspensas, aguardando trajetos que as leis determinavam, para que a vida cidadã deixasse de ser tensas, e as normalidades novas se vivessem; tudo estava só aguardando os desfechos finais, os tais prazos totais, para que a mocinha da região se tornasse autônoma com todos os viés próprios de ambições que a si, se atendessem. Teixeira estava pronta, garota sabida que se conhecia bem, garota vivida que desejava seu bem; chegava o momento de encontrar-se, sozinha, certinha, disposta como ninguém.


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INÍCIOS POÉTICOS XII... Foi em 1º de Janeiro de 1986, com Prefeito, Vereadores, Prefeitura e outros apetreixos mais, a cidade se tornou cidade de verdade, como toda cidade, tudo conforme a lei mandava; a emancipação estava institucionalizada, ela estava implantada, completa, com veracidade, com todos os trâmites que a ordenação exigia, com todas as ansiedades que se inspirava. Dia primeiro do ano, de uma nova etapa, uma nova página, dum novo começo para uma história cheia de alegrias e venturas, de muitas e belas aventuras, uma história singular no contexto da região; era uma porta importante e essencial que se abria no início daquele ano, com novas rupturas e conquistas, com novas perspectivas muito previstas, um novo tempo que se mostrava em muita paixão. Estava posto, tudo pronto para esta cidade de verdade, tudo disposto para a caminhada solo da beleza que se emancipava em tenha idade, era um povo sendo filha, se tornaria até mãe de outros povos vizinhos; o bom destino estava se esboçando, como sempre fizera, na vida, existência e competência do povoado afoito, maroto e encantador que se instalara em nossas terras, em nossos cantinhos. 1986 daba boas vindas à nova cidade, a nova completa cidade, a debutante ilustre que acordava e prometia a todos, muita felicidade.


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INÍCIOS POÉTICOS XIII... Teixeira vila, no início do início, começou grande, sonhos grandes trouxeram os que aqui chegaram, como o que se expande, nosso lugar deu seus primeiros passos; Teixeira povoado, depois daquele início, com novos nomes, outros grandes sonhos foram juntando mais gentes, e “mais grande” ela foi se tornando, e de grande formou mais traços. Agora emancipada, Teixeira continua grande, “mais grande”, surpreendentemente grande, e no ardor desta grandeza, trás em sua beleza tudo que abrande os empecilhos que surjam contra isto; inicia seu novo trajeto acompanhada de um território bem localizado, bem estruturado, muito bem ensaiado para os propósitos que se precise para maiores cresceres advindos disto. Assumindo os excessos distantes dos espaços de Caravelas e Alcobaça, sem prejudicar nenhuma delas com este ganho sem mordaça, Teixeira inicia-se bem grande para o que precisa; na grande área que lhe foi designada por lei, muito já se produziu, o mundo já tem conhecido do que somos capazes no que ela já contribuiu utilizando até o mais extremo de sua divisa. A região tem ganho muito com o muito que temos ganho, todo mundo ganha com o muito que temos e com o muito que ganhamos a partir do muito que temos... Teixeira é esta moça que leva todos ao que podemos.


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INÍCIOS POÉTICOS XIV... 1.157, 4 Km², território oficial de Teixeira de Freitas, espaço atribuído aos domínios do novo município, a partir de 1985, estabelecido completamente em 1986, com toda euforia; a lei constituía o tamanho do corpo físico da mocinha que se emancipava, o que disponível ela teria para promover suas riquezas, suas proezas, sua contribuição com toda uma região em sua ousadia. Não era o maior território que se deveria, muito menos o que se queria, mas, com muita luta concentrada, muita vontade esganada, foi o máximo que se conseguiu sob o bom senso; na verdade seria o suficiente, deixando todos contentes, um eficiente ingrediente para os melhores desenvolvimentos a se colher no tempo e no espaço que quis o destino nos ser pretenso. É território muito grande, eficientemente frande aos nossos muitos negócios, os muitos troços que teríamos, no futuro, a compartilhar com o progresso de nossa gente e nossa região; até agora, até nossos dias, tem se mostrado que não precisávamos de território maior, e que nada de pior nos exigiria que tudo fosse diferente do que foi, tivemos o melhor espaço para um imenso coração. No meio de tudo isto, Teixeira está instalada, em “berço esplêndido” está plantada, e a vida passa, e nesta taça de unguentos naturais, ela é encantada.


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INÍCIOS POÉTICOS XV... É muito poético, tudo isto, é muito estético, tudo disto, tudo é muito eclético quando as histórias se misturam, quando na história se enclausuram os macetes videntes da terra nossa; é uma linda história de lutas, sonhos, confrontos e muito desejo de ver muito acontecer, é uma linda história de surtas, conhos, "afrontos" e muito ensejo de se encontrar no amanhecer, do que se possa. Territórios, gente, índios, estrangeiros, matas, caminhos, madeiras, chegantes, criadores, um montão de coisas e personalidades, de toiças e afinidades capazes de desenhar uma história tão digna e bela; relatos e relatos de gentes e corredeiras, de "apentes" e "empedreiras", estórias sem fim que se entrelaçam nos registros que temos de tanto que já nos aconteceu nos riscos de nossa "estela". Estamos bem aqui no tempo, estamos bem de bem neste exato momento, olhando para um grande passado atento, olhando para nossa vida anterior neste assentamento, nos fazendo enriquecidos; são história fomentadas de riscos e tolerâncias, de apriscos e ingerências, que nos transportou para onde estamos, para o que somos, para o que estampamos e para o que pomos, nos construir nos prometidos. Somos Teixeira, somos esta moça bela de histórias singulares que vem e nos trás aos nosso seguros pilares.


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INÍCIOS POÉTICOS XVI... História curta é a história de Teixeira, quase num piscar de olhos, tudo aconteceu, e hoje somos a terra e o povo que somos, história rica, bela e muito curta para se contar; depois de tanto tempo de Brasil, logo aparecemos, crescemos, tornamo-nos fortes, grandes e muito atraentes, num rápido piscar de olhos já éramos a moça bela de toda uma região a nos rodear. Nosso relato, embora muito fértil e detalhado, embora muito completo e aparelhado, não daria para um livro inteiro, não daria para um romance festeiro, não daria para um conto de cidade; comparado a outras histórias, a outros reclames em outros lugares, a outros conclames de cidades menores e antigas, Teixeira tem pouco a contar, pouco que não atende a qualquer ferocidade. Na verdade é apenas um poema, uma não longa alfazema poética, que retrata em detalhes toda a delicadeza dos inícios, dos meios e dos fins que nos trouxeram a ser esta formosura que orgulha até quem não é de nós; somos apenas um poema muito inspirado, de letramento infestado de suave encantamento, poema que dá gosto ser cantado, declamado a todo pulmão, poema que nos prazeroso tom no seu logo após. Somos uma belíssima moça de pouco a contar, mas com muitos atraentes atributos que sabem bem encantar.


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INÍCIOS POÉTICOS XVII... História curta? Isto mesmo, para sua grandeza, para o tanto que cresceu e se desenvolveu, história muito curta em relação a tantas outras de lugares menores que nós; pouca coisa para contar? Não mesmo, uma grande história curta de riquezas incalculáveis, de valias imensuráveis, de destaques memoráveis, uma linda estória de folguedos que nos traz alegria atroz. Tudo que se conta desta terra valente, destemida e veraz, trás aspectos pitorescos, de cor premente, de suave paz, verdadeiros afrescos, lembranças mágicas de um lugar “sui geners” que a vida formou; um espaço de terra, um recinto de vida, um ambiente repleto de viva gente, uma deliciosa poesia que berra, um jeito de lidas, um gracioso canto que faz todo mundo contente pelo que a vida lhes doou. Teixeira é bem assim, em pouco tempo de criança vira moça, biografia curta com afins, e quanto mais a gente torça, seus encantos se afloram em presépios que o cotidiano lhe fazem transparecer; é bem assim, e, como num romance se fim, os relatos crescem, a todo momento num ápce maior se parecem, e muita coisa bonita e criativa se faz presente para os encantos joviais a lhe merecer. Somos Teixeira de Freitas, somos tudo isto e muito mais, somos esta pequena história que a todos fascina e satisfaz.


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INÍCIOS POÉTICOS XVIII... Na história transcorrida, pelas famílias muitas que se achegaram a este lugar, a pequena enorme história de Teixeira da traços muitos valiosos para todo o sempre; nem tudo foi contado, embora tudo já seja conhecido, importantes relatos contidos nas histórias individuais e familiares se desdobram a fazer nossos registros serem extensos a “tempre”. Valiosos para serem lembrados, para serem contados, para serem revividos, para serem arguidos, valiosos para se provar o passado, se deslumbrar no presente e se ajustar ao futuro a galope; valiosos cantados que nos realimentam, com astúcias nos implementam, nos fazem compreensivos a tudo que fomos, a tudo que compomos nos tempos que nos foram abertos a viver em envelope. A história de Teixeira, pelo tamanho que tem, pelos registros que provém, as nuances que contém, é história valiosa pelo que conta, e, também, pelo que não vem a nos contar; ela encerra riquezas de detalhes que, mesmo sem serem mencionados, estão presentes até na voz de quem pouco sabe dos “escritonados”, dos que pouco sabem, dela e nela, nos informar. Estamos todos no meio disto tudo, vivemos cada momento desta graciosa relatoria, somos Teixeira até para os mudos, vivemos Teixeira e isto nos dá muita alegria.


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INÍCIOS POÉTICOS XIX... A história está contada, os relatos estão no ar, muita façanha já foi falada, tudo está em seu lugar, temos muito o que ouvir, muita coisa o que saber sobre todos nós; nossa história está devidamente esmiuçada, de uma forma ou outra, por um meio ou outro espalhada, muito já está em domínio público, e isto nos tem mostrado o que estivemos sendo, quando a sós. Nossa conjuntura inicial, como valor que se diz primordial, nos identifica com uma situação socioeconômica saudável, crescente, em amadurecimento, nos dizendo um povoado confortável; nossa estrutura regional, em seu valor social, nos identifica em seio maternal, com uma situação socioeconômica equacionável, premente, rejuvenescimento, nos dizendo uma região confiável. Nossa curta longa história nos dá margem para temos uma cosmovisão dos tempos de outrora, daqueles tempos que ainda criança, Teixeira brincava de crescer, de ser gente, gente muito grande; nossa curta longa história nos relata detalhes dos passos que dávamos para galgar o que os sonhos nos desafiavam em pesares, dos tempos que a gente brincava de crescer em ideia que ainda se expande. Nossa curta longa história relata o povo que fomos e nos tornamos, mostra o povo que éramos e, ousados, nos propomos.


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INÍCIOS POÉTICOS XX... Depois de tanta história, depois de tanta curta, empolgante, longa e fascinante história, hoje quem somos? Hoje, quem nos afeiçoamos a ser nesta mesma história? Depois de tantas aventuras, depois de tanta surta, alucinante, milonga e extasiante contar de glórias, hoje quem somos? Hoje, quem nos empolgamos a viver nesta mesma oratória? É assim, é sim, não teria como ser diferente, fomos escritos para sermos bem contentes, uma terra cheia de gente feliz, que sabe contemplar o que diz, que sabe ser especial em todo lugar que for; é bem assim, de um jeito bem afim, não saberíamos ser indiferentes pois fomos prescritos a sermos comoventes, um lugar repleto de pessoas ardis, que em tempo infeliz, é povo sonhador. Com tudo que sabemos do nosso passado, por onde tivemos estado, faz-se compreensivo a cidade diferente que hoje somos, a história apaixonante que compomos, a Teixeira que sabemos; com tudo que nos aconteceu desde o nascimento, desde o crescimento, desde a juventude e a emancipação, somos uma só coração, uma bela e graciosa moça a viver o que nós temos. Somos uma poesia inteira, um contar de rimas que nos faz festeira, uma cidade de encantos emocionantes, que nos faz gigante no jeito sereno que vivemos.


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INÍCIOS POÉTICOS XXI... A pequena, linda e longa história desta nossa terra de poesia e encanto, trás muito do que fora nos tempos idos que nos cantos se aconteceram entre nós; índios, estrangeiros, vilas, povoados, cidades e tudo mais que, entre brejeiros, fez estórias se notabilizarem nos registros cantados por tantos que por aqui passaram, pelos que vieram após. Pequena história pelo tempo que podemos vislumbrar para nossa maioridade, longa história pelos eventos que havemos de encontrar para nossa maturidade, o muito que já estamos a viver; Linda história em se contando a facilidade que a natureza nos ofereceu, os atrativos que o próprio Deus nos concedeu, o lugar ímpar que o destino nos entreteu, para o muito que estamos a ser. É um grande emaranhado de coisas e pretextos, uma grande rede de eventos em contexto, tudo providenciando o nosso início, nossas descobertas, nosso crescimento, e o nosso progresso; tudo e todos que saem ganhando, tudo e todos que sempre foram se afronhando, nos enriquecendo e nos beneficiando, nos encandecendo e nos tramitando a passos largos neste processo. Somos Teixeira de Freitas, a meiguice mimada de um refão, a doidice clamada de um furacão que surgiu para trazer visibilidade e vida a toda uma imensa região.


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INÍCIOS POÉTICOS XXII... Quem mais tem muito para contar sobre nossa trajetória? Quem mais tem muito a nos contar sobre as riquezas de nossa memória? Quem mais guarda tanto? Há, ainda, com os devidos desvelos, alguns muitos que viram, assistiram, conviveram, se envolveram, estiveram em muitos dos muitos momentos que nos contam a história de nosso canto. Antigos moradores, mesmo não havendo como esquecer, homens e mulheres que nestas plagas vieram viver, bons guardiões dos relatos que favorecem este muito de casos a se relembrar; famílias quase inteiras, gente canteira que veio de muitas paragens próximas ou distantes, fazer parte de nossos dias infantes, ser protagonistas convictos destes muitos casos a se cantar. Temos muito o que ouvir nesta pequena grande história já registrada, verdadeiras lavras entoantes que nos revelam nossa caminhada contrastada aos de lutas que outros cantões possuem; uma longa história curta, ou uma curta longa história onde tudo aconteceu de bem, onde tudo apareceu a bem, um infindável contar de vidas que em suas lidas, todo este bem, delas fluem. Todas as peças se encontram em Teixeira, todas elas se harmonizam como em leira, nossos muitos poucos dias foram cheios de progressos em fileira.


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INÍCIOS POÉTICOS XXIII... Entre as muitas informações que se tem desta história bacana, que da nossa gente mesmo, emana, entre as muitas relevantes que nos auxiliam no tudo bem ver; uma nos diz que por volta de 1965, pelos tempos que antecederam a grande enchente, vários núcleos habitacionais já formavam o aglomerado do povoado de Teixeira em seu crescer. Tudo já era muito grande para o porte que se impunha ao lugar, tudo já estava no expande para o forte que se cunha a forjar, tudo já era muito espantante para o pouco tempo que se tinha; São José do Itanhém não era mais a mesma, naquele momento, em especial, já se fazia um esboço bem estruturado de uma cidade muito grande, esboço da cidade que o futuro dava sua linha. Eram núcleos bem definidos, bem divididos, bem explorados por ruas largas e afronhadas, bem sortidos em simetria sinuadas, eram verdadeiros bairros estruturados ao perfil do povoado; se faziam, dia após dias, núcleos crescidos, com mais gente a chegar, com mais casas para se morar, carentes, em muitos sentidos, nos preparos para todo este contingente atenuado. Naqueles anos, Teixeira, que já era Teixeira, tinha determinações claras de quem seria, por onde chegaria, tinha sinais muito distintos da formosura que, no futuro, teria.


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INÍCIOS POÉTICOS XXIV... Por volta de 1965, antes da grande enchente regional, a estrutura do povoado, que somos nós, já estava bem configurada em seu fanal, bem definida, e nosso mapa já estava bem”redondo”; já nos espalhávamos com rigor, por toda a extensão que o destino em seu labor, definia, para aquele tempo de crescimento desenfreado, mas, com harmonia e muito “estrondo”. Eram bairros, verdadeiros bairros de cidade de médio porte, gente e famílias que se implantavam num ou noutro a bem da sorte de cada um, chegavam, se buscavam e se encontravam num canto feliz; todo dia tinha coisa nova por cada um dos núcleos de moradia, e cada um se fortalecia, cada vez “mais grande” de fazia, e Teixeira se mostrava crescida e realizada como o sonho no tempo ainda lhe condiz. Eram bairros vizinhos e em franco crescimento, e mesmo pertencendo a cidades diferentes, às mães de nossa terra, eram orgulho de nossa gente naquele momento, eram soluções aos que chegavam urgentes; era maiores que muitas cidades pequenas por aí, eram mais estruturados que muito povoado que “tai”, eram orgulho de nossa mente naquele intento, partes importantes ao nosso crescer, que estavam pendentes. Teixeira estava uma “grande cidade”, maternizada por duas significativas beldades.


Foto de Jônatas David Brandão Mota.

INÍCIOS POÉTICOS XXV... Por volta de 1965, antes da grande enchente regional, quando o povoado já se fazia cidade, com estruturas "logradouras" sem igual, já buscando a sua necessária maioridade; Teixeira já tinha um bairro, digamos assim, chamado Vila Vargas, com muito do que o Vila Vargas, hoje, tem, bairro que pertencia ao lado de Caravelas, bairro com muito de boemia e sensibilidade. Os moradores, em número quase de uma cidade pequena da redondeza, já se arrumavam em moradias descentes, em ruas ardentes, sempre um lugar de harmonia e muito carinho de vizinhança; um dos grandes bairros que formavam a nossa Teixeira, que dava boa acolhida aos que chegavam do progresso por sua esteira, os muitos que traziam bagagens e bagagens de paixão e esperança. Vila Vargas era notória, nos mesmos moldes de hoje, o pessoal que por ali morava era gente de trabalho, gente que veio para construir, famílias inteiras a bem usufruir do aconchego que elas mesmas davam aos chegantes; muita gente que pegou no machado, muita gente que pegou na enxada, muita gente que, como grande achado, mostrou-se gente arrochada, gente bom exemplo para qualquer imigrante. O bairro Vila Vargas, no espaço caravelense, desde aqueles tempos, é um bairro exemplo formado de boa gente.


Foto de Jônatas David Brandão Mota.

INÍCIOS POÉTICOS XXVI... Por volta de 1965, antes da grande enchente regional, quando a cidade corria em seu progresso estrutural, outro bairro existia e ao povoado não pertencia, o Jerusalém; da mesma forma que o Vila Vargas, com seu pessoal disposto e trabalhador, o aglomerado em seu andor, se organizava, crescia e aparecia, se fazia um lugar doce, jeitoso de gente que só queria o bem. Estava no território caravelense, era da parte integrante da Teixeira que se convence, que está em crédito de um futuro promissor, de esperança a contrapor as dificuldades que haveria de chegar; o bairro era encantado, mesmo não estando no centro, era embrenhado de um uma população assanhada em participar diretamente do desenvolvimento que todas as boas notícias tinham a nos dar. Formado, essencialmente, de gente que chegou daqui por perto, das cidades vizinhas ao nosso redor, construtores de um município esperto, que, por certo, já tem beneficiado todo seu derredor. Jerusalém, daquele tempo para cá, continua sendo espaço de pessoas sonhadoras, cheias de sonhos e trabalhadoras, um lugar que, com a devida atenção sempre terá muito o que oferecer; ainda têm um ranço de Caravelas, pelo trato que receberam quando atenção deles, nosso povoado estava a merecer.


Foto de Jônatas David Brandão Mota.

INÍCIOS POÉTICOS XXVII... Por volta de 1965, antes da grande enchente regional, nos tempos, ainda, das vacas magras, com o povoado se estruturando, de todas as formas, fazendo seu papel de crescer; da mesma forma que Vila Vargas e Jerusalém, o São Lourenço estava nos limites de Caravelas, era daquela cidade, embora fosse parte já grande de Teixeira, fosse a própria Teixeira em seu parecer. O São Lourenço, em si, naquele tempo, já era uma cidade e tanto, um lugar enorme de gente a chegar e morar, de gente a se apresentar como parceira incondicional desta terra que já tinha tudo para ir além; o bairro mostrava-se crescido, muito interessado em ser gente, em ser proeminente, em fazer história na história que nossa gente já estava contando para ela ser o que era, naquele bom vai e vem. O São Lourenço caravelense já tinha traços definidos do lugarzão que estava destinado a ser, do cantão que, para nossa Teixeira, já tinha a condizer, já era um lugar grande a ditar o que pretendia; era o grande lugar visitado pelos políticos, era um grande lugar onde já produzia seus próprios políticos, já fazia diferença nas contagens de votos, já dedilhava ganhadores e perdedores no que fazia. Da maneira que é hoje, eis o São Lourenço o mesmo lugarzão, capaz de, na música da cidade, determinar qualquer refrão.


Foto de Jônatas David Brandão Mota.

INÍCIOS POÉTICOS XXVIII... Por volta de 1965, antes da grande regional enchente, no depois dos começos da história de nossa terra e gente, quando dos "astravancos" que a própria história esteve a nos impor; além do Vila Vargas, do Jerusalém e do São Lourenço, também o Duque de Caxias era das propriedades caravelenses, um bairros separado, mas um bairro encampado entre todos a nos compor. Chamado bairro rural, lugar com mais história que a própria história de nosso “Mandiocal”, mas que, no andar da carruagem, veio fazer parte da nossa música, veio fazer parte do nosso musical; foi no Duque de Caxias que muito do que se conta como de cá, teve seus primeiros passos por lá, que muito do que se determinou por nosso lado, formalizou-se por aquela gente querida é que nos foi dado. Como antes, o Duque de hoje é proeminente, consistente, um lugar próprio em si mesmo, um lugar que sabe fazer seu próprio cortejo, uma cidade muito nela, num bairro que nos dá orgulho de parentela; o Duque, deste jeito, é uma das heranças benditas em trejeitos, que Teixeira recebeu de Caravelas, uma das belezas que temos entre nossas parelelas, entre as belas que temos conosco. O Duque é especial em tudo que consegue ser, é filosofal em tudo que consegue ter, o Duque é um recado magnânimo a se viver.


Foto de Jônatas David Brandão Mota.

INÍCIOS POÉTICOS XXIX... Por aqueles anos 60, antes da grande enchente regional, o enorme Monte Castelo, em todo seu “estrural”, pertencia aos territórios de Alcobaça, nossa outra mãe histórica; aglomerado muito extenso, um outro espaço muito povoado, o Monte Castelo sempre esteve presente nos limiares da transição, da Teixeira de antes, com a Teixeira que se apresentava em expansão. O Monte Castelo com seu perfil elitizado, com seus moradores quase estilizados, conseguiram fazer um bairro com enquadramentos mais requintados, foram exímios no cuidado com o lugar que moravam; com aquele jeito mais sofisticado, com aqueles exigidos mais selecionados, as convivências com a cidade num todo, provocaram novas governanças no que os munícipes, para si, procuravam. Monte Castelo teve papel primordial na conjuntura da cidade, teve função estrutural na compostura de nossa sociedade, muitas vezes, de lá, vinham as prerrogativas do que Teixeira deveria ser e fazer; de lá, muitíssimas vezes, veio a formulação do que Teixeira deveria ter, o que construir, o que contribuir, o que a cidade coletiva e individual deveria consumir, de lá veio muito do que se compreender. O Monte Castelo é o nosso monte-castelo, é o que de paralelo podemos apontar, como roteiro que a história nos deixou para ganhar.


Foto de Jônatas David Brandão Mota.

INÍCIOS POÉTICOS XXX... Por aqueles anos 60, antes da grande enchente regional, o bairro da Lagoa se construiu, quase no centro municipal, por ali se fixou e se mantém testemunhando o passado; como o Monte Castelo, este também se concentrara nos limites de Alcobaça, era uma das boas heranças que aquela cidade nos perpassa, oferecendo ao melhor desenvolvimento que nos é cobrado. Esta Lagoa sempre foi um verso exclusivo na poesia de Teixeira, desde o início, sempre foi um canto efusivo que nos chama altaneira, a Lagoa tem marcas que ninguém consegue repetir ou tomar; é um hino específico nas legendas de nossa gente, onde a boemia sempre produziu uma povoação que se dizia contente, mesmo ante as dores das chuvas, das lamas, dos alagamentos que a todos nós, sempre nos fez chorar. A Lagoa em toda sua destreza, mesmo com alguma de sua pobreza, da gente humilde que por ali se instalara, repetidamente tem se mostrado esperança e alegria a uma cidade que só sabe muito trabalhar. Aquele bairro é a própria Teixeira batalhadora, um canto a mais que temos na história de nossa gente sonhadora.


Foto de Jônatas David Brandão Mota.

INÍCIOS POÉTICOS XXXI... Por aqueles anos 60, antes da grande enchente regional, o bairro Buraquinho, depois chamado de Wilson Brito, quase região central, trás em si, marcas alcobacenses; fora edificado em território daquela mãe cidade, teve raízes com moradores que vieram daquela comunidade, até hoje, em suas "nuâncias" de lugar, tem perfis cotidianos daquele bom lugar e seus pertences. Há poetas que afirmam ser um pedaço da mãe que se preservou na filha, uma parte do coração da mãe que nos dá pilha, energia contagiante que só os festeiros sabem bem contar; dizem estes poetas que o carnaval das muitas épocas do ano, com os muitos motivos e desenganos, primeiro começa ali, mesmo que se concretize em outro canto, para, no entanto, se formalizar. Das casas e famílias que por ali se alojaram, artistas de todos os naipes, por ali se camuflaram, e de suas artes sempre estiveram a enfeitar os dia proeminentes desta cidade alegre e encantadora; das casas e famílias que por ali se achegaram, "verberistas" em seus naipes, por ali se amonturaram, e com de suas partes se fizeram a bradar as vias imponentes de nossa sociedade inspiradora. O Buraquinho de sempre é a nossa Alcobaça querida, outra boa herança que aquela cidade materna nos tem dado em vida, o jeito sereno dela estar sempre conosco.