Abril 2015... E TEIXEIRA CRESCEU

Foto de Jônatas David Brandão Mota.

E TEIXEIRA CRESCEU I... O povoado de São José de Itanhém apareceu no mapa, um pontinho surgiu por dentro da sua tensa mata, dois, três e mais pontinhos foram chegando por aqui; em pouquíssimo tempo outros tantos pontinhos já faziam a terra ser conhecida, atrevida, mexida e produzida, em quase nada de tempo, muitos pontinhos já faziam Teixeira ser bem assim. De um lugar, passou a um canto, depois um nome, outro nome, e outro nome, e, pelo tamanho, e pela pujança, Alcobaça denomina o lugar por São José do Itanhém, lugar surgido do aquém; do nada, do escuro, do escondido, ao povoado com cheiro de terra amada, de pessoal puro, sonho estendido, um lugar feliz e promissor para se morar, se perpetuar, deixar de ser ninguém. A denominação escolhida para o lugar, não demourou muito tempo, não houve muito evento para se dizer que existiu, logo logo um outro nome teve que ser escolhido e plantado; mas, mesmo assim, este primeiro nome oficial fez marcas no coração religioso do povo, no empenho glamoroso do povo, e a história nos fez ser, sempre, o São José do Itanhém sempre cantando. Assim, o tempo passou, Teixeira se construiu, se exalou, fez-se beleza por onde esteve, faz-se realeza por todos seus planos, mesmo naqueles que se conteve.

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E TEIXEIRA CRESCEU II... São José de Itanhém, a denominação, fora o nome atribuído por Alcobaça, ao povoado que se formava a toda comoção, que aparecera crescida pelas matas; a proximidade do rio, os privilégios que aquelas águas oferecia e determinava, dava um tom anil, para o nome não ser diferente daquele que se mostrava, lugar de histórias novatas. Com este nome, o povoado ficou conhecido pela região e reconhecido juridicamente pela nação, tornou-se “gente” para os benefícios que a cidade mãe tinha direito nos repasses municipais; com este nome, novas história passaram a serem contadas, novas tomadas passaram a ser registradas, e o tem fez o povoado crescer e marchar como de suas metas principais. O nome oficial deu novos ares à comunidade, todos se sentiram lembrados e cobrados no preço desta identidade, todos entenderam que se tratava de um novo começo para o começo que já tinham; era, na verdade, o "enlarguecer" da estrada que se trilhava, o alvorecer para a nova vida que se plantava, era o realizar dos primeiros sonhos que ao coração de todos, sempre vinham. A garota Teixeira se despontava para um futuro de lisura e encantamentos, era tudo contribuindo, inclusive o primeiro nome, para uma vida de deslumbramentos.

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E TEIXEIRA CRESCEU III... “Comércio dos Pretos”, ou “Comercinho dos Pretos”, este foi um dos primeiros nomes dados ao nosso lugar, quando ainda não era lugar para Alcobaça, mãe terra; Comércio dos Pretos foi uma primeira lavoura de denominação que foi dispensado a nós, quando estávamos engatinhando na história, à margem das estradas que a vida nos encerra. Vários casebres amontoados num canto da mata, onde negros, como outros negros da região, se chegaram, se juntaram, se fizeram família, trabalharam, marcaram território no que hoje já; gente sadia, disposta a ver crescer o torrão que fizeram aparecer, interessados em abrir abrigo a tantos quantos, como outros, que chegassem trazendo a mesma disposição que trouxeram para cá. Num instante já eram um ponto de parada para todos que por aqui passassem, um ponto de causos, de papos, de bebidas, de fazidas, um ponto até para caminhantes e dormidas aconchegantes; foi num instante, sem demoras, que o lugar passou a dizer que existia, passou a mostrar o que fazia, foi um marco que determinou o futuro que já colhemos com nossos sonhos aviltantes. Era Teixeira que nasceu, terra boa que crescia, garota peralta que se ascendia, uma linda garota flor que se abria.

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E TEIXEIRA CRESCEU IV... Chamada de “Mandiocal”, um novo momento para nossa história, um novo momento para nosso cabedal, uma garotinha tomando formas de gente no meio da mata; era um apelido, um jeito novo de chamar um grupo de teimosos que em desandar, foram se plantar em meio ao nada, todos buscando um jeito e um canto para viver como se faz à cata. Dum matagal fechado a um pequeno aberto de plantação, de uma mataria espiral a uma pequena colheita de mandioca a corre mão, era gente de de congote grosso enfrentando aquele chão; o mandiocal cresceu, mais famílias chegaram para plantar, para comer, para colher, para campar, mais famílias chegaram para se juntar, para construir o que hoje somos aqui. De esconderijos a casebres, de sapé a coisas melhores, aos poucos Mandiocal fazia-se viva, mostrava-se construtiva, dava o tom da música que se compunha com aqueles braços tão valentes; a pequena menina se fazia, todo aquele começo se expandia, e ela mostrava-se para o que viera, para o que se propusera, era tudo favorável ao seu querer, ao seu crescer, aos seus contentes. Teixeira estava bem nascida, estava bem crescida, era, sem dúvida, desde nova, a moça linda, divertida e bem vivida que sabemos.

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E TEIXEIRA CRESCEU V... O “Tirabanha”, outro nome que, no começo de tudo, esta terra recebeu, um apelido de assanha que o destino malévolo nos forçou e nos envolveu; foi um momento triste em muitos felizes que numa conjuntura nos ofendeu, uma morte, uma má sorte, que sem candura nos comprometeu, nos fez ofensivos, oprimidos, nos arrefeceu. De uma luta insana, numa bruta daquelas que engana, uma vida foi tirada, uma peixeira de trabalho foi usada, e todo o povoado foi contaminado pela violência gananciada em um só episódio; numa turbulência sem que, nem pra que, dois homens se engalfinharam, sem bom senso, se maltrataram e, de um ferido e outro morto, nossa história sem conforto, foi manchada com este ódio. Tirabanha tornou-se um dos nossos nomes, uma dor que nos consome, um arteiro melandroso que o tempo não deixou apagar, e de lá para cá, temos que com ele conviver; um cognome de verdade, fato verídico que em pouca idade, nossa menina viu acontecer, se viu nela alvorecer, passou a fazer parte de seus relatos de como realmente viver e crescer. Nossa Teixeira tem esta momento triste, momento que muito insiste em não ser esquecido, momento que em muitos momentos, infelizmente, se faz atrevido.

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E TEIXEIRA CRESCEU VI... “Perna Aberta” foi outro, inicial e significativo, cognome dado ao pequeno povoado que se formava por estas bandas de cá, outro nome dum começo a se dá; um lugar do nada, num nada, que estava, já, neste momento, em direção a dois lugares históricos, importantes, que nossa região comungava, dois caminhos do nada que seguiam ao que se galgava. O povoado estava bem no centro, fazia a ligação por dentro, e os contornos de uma cidade intermediadora já se delineava em sua nova situação de oportunda importância; de um lado ia-se para um lugar, de outro, ia-se para outro andar, e por aqui estávamos a funcionar como centro de dois centros já instalados pelo tempo, pela história, e pela relevância. Teixeira se notabilizava, se fazia dinâmica, dava passos gigantes em sua primeira metamorfose panorâmica, tornava-se, antes de ser gente, lugar de gente importante chegar e se encontrar; chegaria o momento de não ser mais “Perna Aberta” para os que queriam ir para algum lagar, mas “Perna Aberta” para os que vinham, para os que pretendiam fazer parte do nosso morar. Assim, antes de ser Teixeira, por alguns nomes significativos chegamos a ser, sim, a nossa criancisse são nomes que nos fizeram nascer e aparecer.

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E TEIXEIRA CRESCEU VII... “Perna Aberta” é bifurcação, era uma que virava duas estradas de mão, era uma que virava duas estradas de então, para se ir, e para se vir de onde for; era como sair dum começo isolado e bandejar-se a caminhar determinado, tinha para onde ir, tinha de onde voltar para aqui, tinha no centro de tudo isto, uma futura próspera cidade a se impor. Na verdade era um estradão que passava à nossa margem, que vinha de longe e para longe ia, uma passagem que nos deixava de lado e seguia rumo à frente, por onde sempre se escondia; dessa estrada que nos margeava, que a partir de nosso lugar se vingava, abria estrada para outras bandas, outros rumos que se nos dava, novo horizonte para nosso anseio ao que nos pretendia. De Teixeira, duas vias, agora, no seu destino de interligar toda uma região, duas vias com a promessa de liderar toda uma situação, o conglomerado de municípios do extremo sul; indo e voltando, tomando novo rumo se assim preferir, as pessoas passaram a passar mais às nossas portas do influir, e, aos poucos, nossa cidade se crescia no extremo sul. Teixeira era garota, uma menina que crescia em berço privilegiado, o destino a favorecia, e as convergências facilitavam, tanto privilégio, em demasiado

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E TEIXEIRA CRESCEU VIII... Havia uma “estrada de rodagem”, hoje é a Av. Marechal Castelo Branco, que ligava Alcobaça a Água Fria, hoje chamada Medeiros Neto, nossas queridas cidades vizinhas. Às margens desta estrada, quando ela foi construída, já havia o nosso povoado, um pouco de gente que desapercebida, se plantara no tempo certo, no lugar exato, com tudo por perto; primeiro estava, depois veio a estrada, mais gente vinha e se plantava, e a façanha estava implantada, era um povoado que se deslocava do que acontecia a tantos outros de futuro incerto. A estrada estava bem ali, levando gente e trazendo gente, estrada sempre fez parte da nossa patente, elas nos motivaram a sempre voltar, de tudo trazer, e tudo encampar; a primeira estrada estava ali, nos colocava em destaque para todos que passavam e nos viam, a todos que sempre passavam e traziam, faziam nosso lugar ser muito bom para se morar. No meio de dois lugares importantes, cidades inspiradoras e concertantes, Teixeira fazia sua história valer-se a pena, e numa só cena, constava-se como lugar próspero para quem quisesse chegar; à beira da primeira estrada que por aqui nos encontrou, a menina já era reconhecida como alguém que se mostrou, esperança de se morar.

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E TEIXEIRA CRESCEU IX... Aquela estrada de rodagem que por aqui passava, hoje faz parte da paisagem que nos identifica com a cidade que somos e temos, a cidade que propusemos; é a estrada que vem de Alcobaça, avança pela Getúlio Vargas, entra pela Marechal Castelo Branco, invade a Mauá e segue, depois, de novo, pela Getúlio Vargas em direção a Medeiros Neto. Esta estrada já nos contou muita coisa, durante estes anos que por aqui tem estado, ela já nos mostrou muita coisa, durante os seus panos que por aqui tem mostrado, já nos contou muita coisa boa; ela já fez vir, de muitos cantos, dos lados de Alcobaça ou Medeiros Neto, gente, parente, trabalhador emergente, empresário contente, muitas oportunidades que nos chegou atoa. Foi a primeira, foi a certeira, no momento cabível que nos chegou, nos momentos adequados que nos aprumou, foi a primeira de muitas que vieram construir o que hoje somos para todos; até hoje é quem cruza a nossa cidade, de canto a canto, é quem abusa da nossa felicidade, de de pranto a encanto, é, como sempre foi, a espinha dorsal do que somos sem engôdos. Esta estrada de rodagem é, em essência, a menina Teixeira que cresce, ela é a própria sondagem da preferência desta Teixeira que amadurece.

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E TEIXEIRA CRESCEU X... A primeira estrada estava por aqui, já nos era realidade, “Perna Aberta” se formou, com ela, quando uma nova passou a existir em nossa rápida prosperidade. Foi construída de uma necessidade que nos fazia carente, ela veio para nos levar e trazer a uma região adjacente, ao Porto de Santa Luzia, lá pelo município vizinho de Nova Viçosa, com muita primazia. Em pouco tempo, como tudo em nossa terra, em nosso crescimento, estávamos de nova estrada, era nossa indo para o além, era da gente com a promessa de nos valorizar também. Da nossa terra, agora, já havia um estradão para nos ligar a outros cantos, e com ela, muito da nossa riqueza se foi em pranto, porém, muito mais da nossa riqueza chegou por encanto. “Perna Aberta” estava feita, já nos fazia centro de uma região, de um lado a gente ia pra longe um tanto, do outro lado pra mais longe e um tantão e, nas idas e vindas, eis nós crescendo a vapor; o motivo para um novo nome estava posto, o novo nome veio então, o povoado que ainda não tinha nome, logo foi chamado por uma nova designação, até hoje este nome veio a contrapor; era Teixeira deixando o berço, o bebê já estava ficando maior, a garotinha, em sua beleza, estava, em sua destreza, fazendo-se melhor.

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E TEIXEIRA CRESCEU XI... Da Perna Aberta, a primeira estrada de rodagem saia de Alcobaça em linha reta, do litoral a embrenhar-se dentro a mata em seta, na direção de Medeiros Neto, no interior, chamada Água Fria; a segunda estrada que saia do povoado, seguia por outros caminhos alados, em outra direção, para chegar em comoção, em Nova Viçosa, ao Porto de Santa Luzia. Esta segunda estrada essencial, que abria espaços para nosso ideal, foi construída sob o empenho de um sonhador, Eleuzíbio Cunha, que, desde cedo, se mostrou braço empreendedor; foi estrada de escoação, por onde levar a nossa produção, a madeira de lei que era colhida e vendida para todo canto do Brasil, era caminho de progresso, estrada que nos dava ingresso como lugar de produtor. Construindo aquele benefício, viável a nós e a toda região, incentivos de toda sorte ele receberia naquela ocasião, e por muitos anos em relação a impostos e e outras condições; a estrada ficou feita, a situação ficou perfeita, nossa gente, nossa terra, saiu ganhando muito com a construção, mais uma estrada que veio nos dar portas abertas à nossa “desenvolvimentação”. E, assim também, Teixeira deixava a criancice, tornava-se garota com sua meiguice, criava condições para que se auto definisse.

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E TEIXEIRA CRESCEU XII... Hoje no centro da cidade, as antigas rodagens estão localizadas na Av. Marechal Castelo Branco e rua Princesa Isabel, fazendo junção na esquina da “Casa Barbosa”; hoje, dentro desta realidade, as duas sondagens (de progresso) estão embrenhadas no arsenal belo e franco (da história) em sua inteireza de papel (e verdade), contendo a mão que afina (e registra) em brasa melosa (bem poética). O começo de tudo, os baluartes do que fomos e teimamos contudo, estão bem no centro de nossa comunidade, pelos caminhos que todo dia cruzamos em nossa cotidianidade; os dois caminhos que nos elevaram a alma, as duas estradas que nos trouxeram a calma de sonhar, de planejar, de vislumbrar o futuro que colhemos e que haveremos de desfrutar. As duas vidas que chegaram por acaso, no momento melhor, que de um jeito sem prazo, numa disposição maior, trouxeram certezas, esperanças e oportunidades de termos nossa terra construída com muita sanidade. Elas trouxeram as melhores gentes que poderiam trazer, elas promoveram as melhores condições que poderiam promover, e tudo se fez a nossa Teixeira. Perna Aberta, que até hoje testemunha o nosso dia a dia, era a garotinha que crescia para a vida que numa vida que lhe condizia.

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E TEIXEIRA CRESCEU XIII... Antes de Teixeira ser Teixeira, ants de ser chamada Perna Aberta, o comércio de madeira de lei era a grande riqueza que tínhamos à beira, o que nos estava disponível na certa. Caminhões e caminhões, tora e muitas toras aos montões, era o que todo o dia, todo o tempo, saia das matas de nossos cantões, era o grande comércio que movia a nossa economia. O sul, o norte, para todo lado ia a beleza e a robustez das reservas que a natureza dispensara ao nosso nascer e ao nosso crescer, todo canto tinha parte de nossa existência e nossa eloquência. Muito dinheiro chegava, e, com ele, muita gente se achegava, e com eles, muita família, aqui, se achava, e nossa terra se fazia gente, com tanta gente, com cada vez mais ardura quente. Teixeira se fazia um Eldorado, um lugar enviesado que atraia toda gente, de todo lado, e muitos se deixavam encantar pela gostosa música que por aqui se fazia bradar, muita gente veio para aqui, nos ajudar a ganhar. O comércio que levávamos às fronteiras, que enriquecia uns e trazia riquezas para outros, desenhou todo o potencial que nossa gente tem, todo o futuro que nossa gente já contém. Era a menininha graciosa, com toda sua prosa, determinando o que queria, todo sonho que esperaria.

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E TEIXEIRA CRESCEU XIV... Pressa, sem pre foi a música mais cantada por nossa terra, “avexa” sempre foi a túnica mais emanada em nossa “berra”, e tudo, nisto, nos foi sempre muito favorável; as coisas conosco sempre foram muito ágeis, o tempo tem sido nosso grande colaborador, os empecilhos se nos apresentam muito frágeis, as lutas nos aporretam sem a força da dor. Tudo é muito fácil para Teixeira, tudo nos é entregue na porta sem maiores controvérsias, o tempo nos vem e leva sem maiores besteiras, e assim, vivemos de facultar peripérsias. Naqueles tempos, quando ainda não éramos Teixeira, quando Perna Aberta era a melhor designação de progresso, o desenvolvimento rápido já era a nossa marca, do futuro, nosso ingresso. A madeira fina, de lei, a exportar, a chegada incessante dos que vinham para o trabalho e o sonhar, as famílias acompanhantes que traziam o somar, tudo numa rapidez invejável, que, ainda hoje, nos faz voar. Tudo muito ligeiro, quem daqui saia por uns dias, em viagem, voltava sabendo que não encontraria o mesmo povoado que deixara na postagem, e, assim, todo dia a Perna Aberta era outra diferente; quando alguns tinham que nos deixar, ir pra longe, muitos outros chegavam e deixavam a garotinha contente.

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E TEIXEIRA CRESCEU XV... Perna Aberta já estava estabelecida, as duas estradas já estavam estendidas, as gentes que iam e viam, que passavam e chegavam, já era realidade em nossa história; o ambiente já era outro, o lugar já oferecia algum conforto, tudo já era propício a que mais gente chegasse, não só para o trabalho, mas para os investimentos que nos dariam uma nova glória. Foi assim que a beleza do que éramos a fruir, o encanto do que oferecíamos no seduzir, mais gente passamos a atrair, e chegaram os comerciantes, os agricultores e os pecuaristas de outras muitas regiões; chegaram trazendo ideias, trazendo investimentos, trazendo empreendedorismos, trazendo uma grande vontade de ver tudo e todos crescerem com eles, se enriquecerem como bons anfitriões. Teixeira já não era mais a mesma, não era mais um lugar esquecido sem esma, tudo já acontecia por nossas paragens, já tínhamos um status de lugar que oferecia muitas vantagens; já não era a mesma de antes, já fazia acontecer os fatos constantes, capazes de lembrar a Alcobaça e Caravelas que havia um pequeno povoado em ascensão, um lugarejo que crescia de antemão. Era a garota que se fazia crescida, aparecida, cheia de dotes, cheia de motes, muito convencida.

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E TEIXEIRA CRESCEU XVI... Quando Teixeira era “Perna Aberta”, quando ainda não era Teixeira, na certa, quando já era sonho de muitos queridos chegarem com suas vidas e alertas; muitos nomes passaram a contar parte na história que se escrevia sobre nós, muitos nomes passaram a estreitar a nossa memória no que se escreveu logo após, homens ávidos de fazer nossa terra crescer; patrimônios que a gente tem, retratos importantes que nos contém, que nos fazem orgulhosos, que, por serem bondosos, nos fizeram lugar sadio, de progresso e alvorecer. Nomes como Egberto Rabelo Pina, Alcenor Barbosa e José Alves Pereira, são nomes que são nossos nomes nesta nossa história guerreira, nomes que demonstram bem claro a nossa convivência estileira. Quando Teixeira se tornou Teixeira, já tínhamos entre nós, muita gente valorosa, gente que construía uma comunidade grandiosa, num espírito coletivo de muita cidadania; quando Teixeira se tornou reconhecida e valorizada, como povoado que existia numa crescência organizada, éramos contados com muita gente trabalhadora e destemida com muita ousadia. A garota estava crescendo e tomando jeito de gente requisitante, a nossa linda garota estava se fortalecendo de gente muito importante.

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E TEIXEIRA CRESCEU XVII... Quando ainda éramos “Perna Aberta” pelas vias que nos fizeram aparecer ao mundo como ingresso, que nos trouxeram o mundo e todas as suas facilidades em progresso; muitos homens e famílias chegaram para serem de nós, para estarem conosco, desta região, para fazerem parte da vida e história que estávamos produzindo em nosso rincão. Muitos Egbertos, muitos Alcenores, muitos José Alves Pereira, muitos, como estes, comendadores, todos oferecendo o melhor de si, todos trazendo motivos para não parti, para ficarem e crescerem por aqui. Entre as virtudes que nos trouxeram, que a nossa memoria se orgulha e ufana, é a vida, serviço, carisma e dedicação da professora Deyse Maria Pereira Santana; uma das mais importantes e conhecidas pedagogas da região, gente que muito contribuiu com sua cidadania e profissão, fez-se a a cara de nossa gente, a alma de nossa terra, maraca que nos dá paixão. Gente como esta professora, que chegou ou por aqui nasceu aos montões, são vidas que demonstram em nossas triunfantes canções, que Teixeira existia, Teixeira se escrevia, formatava sua existência, fazia menina cada vez maior, cada vez melhor, cada vez mais sonhadora e desejosa de sua evidência.

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E TEIXEIRA CRESCEU XVIII... Teixeira virou gente de verdade, de apelidos em apelidos, chegou ao seu nome, a puberdade; e nesta condição conveniente, a população toda contente, fez sua festa particular; em 1957, num que nem pra que, tomou um nome diferenciado, outro melhor não poderia ser providenciado, e um nome nacional, de estatutra e feito internacional, nos deu status de quem deseja propoerar. Naquele momento histórico para nossa caminhada de lugar de futuro, o chefe da agência de estatística de Alcobaça, reconhecendo o momento nascituro, fez o gesto simplório que, até hoje, nos abraça. Miguel Geraldo Farias Pires, o homem que se empenhou, a pedido de um seu chefe superior, perpetuar o nome de um homem que não podia ser esquecido, nos dando um nome, uma herança, um reconhecimento merecido. Estava posto o que precisávamos, as portas estavam se escancarando para o nosso passar, era mais força para o que esperávamos, era força para os sonhos que haveríamos de ganhar. A garota estava maior, ela estava no auge da sua adolescência, promovia seu mundo melhor, dava passos significativos para demonstrar o que seria em sua abrangência. A garota estava crescida, facilmente já era a, que conhecemos, garota aguerrida.

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E TEIXEIRA CRESCEU XIX... O novo nome, o definitivo nome de nossa gente, tem uma história singular, um contar de traços comoventes, um relato que veio em nossa história e caráter, desaguar. Cumprindo a determinação da Inspetoria do IBGE em Salvador, solicitando oficialmente à Prefeitura e Câmara de Alcobaça, homenagem póstuma a um baiano de dedicação e ardor, um baiano inteligente e da massa. Teixeira de Freitas, este nome sempre teve muita força a oferecer, este nome sempre trouxe ousadias que nos são estreitas, este nome nos motiva a lutar e a crescer. Há um místico nesta ilustre denominação, uma sede que nos faz ansiosos pelo que está a nos oferecer, é como um impulso valente em nosso coração, uma pressa “danada” de nos fazer vencer. A garota já não é mais aquela menina, já está crescida, reconhecida, já faz parte dos sonhos coletivos de uma região, a garota já está debutando sua adolescência espairecida, já está vivendo sua própria emoção. Ela já está quase dona de si, já se sente importante, ofegante, sonhadora no que deseja pra valer, ela já está pronta para alçar todos os voos que as necessidades tenham a oferecer. Depois do nome, pelos anos 60, o nosso povo faz história e nela assenta, já faz, brilhante, o seu papel.

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E TEIXEIRA CRESCEU XX... Augusto Teixeira de Freitas não sabia, mas ficou muito bem perpetuado na história do Brasil, não só pelo papel do IBGE nas estatísticas que retratam o belo e o feio da nossa terra varonil; também perpetuado por ser o nome desta nossa terra de futuro sonhador, perpetuado por ser o nome que esnoba nosso espírito desbravador, o espírito avassalador de nosso belo lugar. Augusto Teixeira de Freitas não sabia, mas nos deu uma herança que não poderemos nunca calcular, o significado valoroso de um nome que nos impulsiona a avançar, a sermos rápidos no que temos a conquistar; um nome que combinou muito bem com nossa história, com nossa pressa e com nossa disposição, um nome que foi feito para nós, construído para nós, que nos deixa na vanguarda de uma região. Augusto Teixeira de Freitas não sabia, mas enquanto ele foi todos nós em em suas labutas, nos tornamos ele, seguindo passos que foram os deles, fazendo destaques que foram nele, seguro de muitas lutas; a “cara” que ele tinha, os melhores representantes que o seu nome poderia receber, a “cara” que a ele convinha, os melhores sangues que do seu nome, qualquer cidade poderia conceber. Teixeira de Freitas, a mais bela debutante que Teixeira de Freitas, para seu nome, poderia querer.

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E TEIXEIRA CRESCEU XXI... Um nome chegou para ser apreciado, para ser indicado ao povoado que do nada surgiu, se erigiu, e já dava largos motivos de importância a toda uma região de todos; Teixeira de Freitas foi o nome sugestão de Salvador, intermediado pelo IBGE de Alcobaça, nome de um nome pesquisador, nome que foi logo aceito pelo Executivo e Legislativo daquela cidade que o abraça. Não houve resistências significativas, não houve contrariedades ou justificativas, e o nome veio ao que não tinha nome, e o nome veio como uma luva em pronome, e Teixeira de Freitas passou a ser o povoado de cognomes. A aprovação foi imediata e quase unânime naquele momento, não só porque não havia um real nome para aquele próspero assentamento, mas por providência do destino a este confinamento. Teixeira tinha que ser chamada assim, era o melhor que o melhor poderia conceder, era um nome com tudo a ver com o nosso afim, era o nome que, no tempo, sempre iria nos surpreender. Nome imponente de real presença histórica, nome fatal à pretensões que nos fazem marchar no tempo, somos os herdeiros daquela herança eufórica, somos movidos pela garra deste pensamento. Somos Teixeira de Freitas orgulhosos, aquela garota crescida de muitos sonhos audaciosos.

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E TEIXEIRA CRESCEU XXII... E cresceu mesmo, e continuou crescendo demais, mesmo sem nenhuma infra-estrutura, ainda assim mostrando do que era capaz, mostrando onde queria chegar; cresceu, e não cresceu sozinha, levou consigo todo mundo que por perto estava e com ela vinha, cresceu trazendo crescimento coletivo e regional, cresceu promovendo progresso nacional. Não havia nada que lhe fosse favorável no lugar, nada que desse incentivo para alguém chegar, nada de oportunidade para os que chegassem viesse produzir, nada que oferecesse qualquer anseio a seguir. Era apenas um lugar, um canto que as gentes foram chegando, e juntas foram se arrumando, era apenas um lugar; as cidades sedes a mercê, não tinham porque por aqui alguma coisa oferecer. Mas Teixeira cresceu, cresceu demais, cresceu rápido e em paz, cresceu trazendo gente de todo canto, com muito encanto, por muito flanco, e nesta terra acampou trazendo o bem; foi a forma de crescer que fez ela ainda mais crescer, foi a forma de vencer que fez ela mais vencer; e num estalar de dedos, num apuro, estávamos com um povoado pronto e em apronto para seu futuro. A garota Teixeira que crescia, que uma linda moça se fazia, delineava sua vida, toda sua lida, mostrava ao mundo o que pretendia.

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E TEIXEIRA CRESCEU XXIII... Antes dos cognomes, e, mesmo depois, do digno nome, o povoado não tinha nenhuma infra-estrutura atenuante, nada que atraísse, nada que esperançasse chegantes. Éramos um lugar esquecido, de tudo faltava de tudo pra nós, não havia nenhum motivo político para se atinar, nada para antes ou após; resultado de um crescer apressado que nos estava destinado. Não havia energia elétrica, não havia qualquer luz, viver na escuridão, era o mais simples que o conviver produz, sem os confortos agradáveis de então; o povoado sofre o que o limite lhe induz. Não haviam razoáveis vias de acesso, por terra ou pelo rio, chegar ou sair era muito complicado e perverso, era uma a viagem de aspecto sombrio, uma aventura incômoda e sem progressos. Não havia nada para se considerar, não havia nada para as famílias quererem e aqui chegar, era uma falta de tudo no mínimo querer, era uma falta de tudo para o mínimo fazer; o povoado marchava em conquistas aqui, conquistas ali, avanços que chegavam, trazidos pelos que teimavam em serem moradores, bravios trabalhadores, gente que os sonhos traziam para serem brilhantes desbravadores. A garota Teixeira, determinada, se empreendia; a garota Teixeira, entusiasmada, assim mesmo, se bem dizia.

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E TEIXEIRA CRESCEU XXIV... De um momento para o outro, o povoado explodiu, em momentos para outros, o povoado se expandiu, e cresceu, e floresceu, e atraiu mais gente, e cresceu seu contingente. Atraiu quando se descobriu o tanto de excelente madeira que tínhamos em nossa mata viril, deu passos largos quando nossa madeira de lei passou a atender muito no Brasil. Trouxe mais vivos atraídos, quando deixou o esquecimento e um nome nobre lhe foi concedido, quando agora já tinha um nome de histórica consistência, um registro certo e uma atenção política à nossa existência. Atraiu ainda mais, quando suas primeiras estradas rasgaram as distâncias e impropérios, e, contumaz, aproximaram as cidades e as regiões, afastando os ingratos vitupérios. Atraiu, como nunca, quando por nós passou, a enorme e nacional, BR 101, ela escancarou as belezas e encantos que nossa garota tinha, as promessas e acalantos que ela mantinha, a grandeza de tudo que sabia e continha. Muitos chegavam, todo dia, todo o dia, muitos atracavam por estas terras, por nossos sonhos, por nossa disposição, por toda a paixão que encontravam e que logo passavam a sentir. Era uma moçona linda, com uma beleza muito rara, uma moça que sabia o que queria, sabia de sua visão muito cara.

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E TEIXEIRA CRESCEU XXV... Cresceu como ninguém na região que estar, cresceu como muito poucos pelo Brasil, cresceu além da conta que podia dar, cresceu com toda sua gente gentil. Em 1980, depois de alguns caminhos perseguidos, depois muitas conquistas de idas e vindas, depois de muitos limites banidos, já éramos um povoado com grandes oportunidades advindas. Os anos 50 passaram, e com eles foram nossas primeiras histórias, aquele tempo ainda nos trazem fatos que marcaram, aqueles tempos nos trouxeram do que hoje temos como glórias. Os anos 60 também foram chegados, nosso nome, nossa madeira, nosso gado, e nossa gente, anos que nos fizeram fortes e vocacionados, anos que nos levaram a ser um povoado de inteligentes. Os anos 70, da mesma forma vieram, BR 101, mamão, eucalipto e política, era tudo que as oportunidades nos fizeram, era tudo que o mercado, as famílias e as chances nos faziam de gente convicta. Os anos 80, então, mesmo antes de sua emancipação, Teixeira de Freitas já era um expressivo centro regional, e com muita determinação, se reconhecia cidade com grande arsenal. Naquele tempo, já era uma garota pronta para sua emancipação, tinha beleza, vida, sonhos, tinha tudo que precisava para sua melhor condição.

Foto de Jônatas David Brandão Mota.

E TEIXEIRA CRESCEU XXVI... No início dos anos 80, maior que muitas cidades na Bahia e Brasil, o povoado de Teixeira de Freitas já tinha mais de 60 mil habitantes no seu agitado estoril; um povoado enorme, exatamente como sua vocação desde antes, uma não-cidade espalhada pra todos os lados, além dos conformes, segundo sua disposição de super crescimento constante. Era muita gente devidamente arrumada, mais organizada que muito município por aí, parecia uma enorme cidade esmerada, com fortes traços de desgovernada a recair; aquele tantão de sonhos, interesses, preocupações, e impedimentos, onde o Prefeito de uma das cidades mães pairava a governar, sem nenhum benefício para o povoado e seus sortimentos, como se esquecidos de todos, só a natureza a lhe harmonizar. Assim era os anos daquele tempo, um encaminhamento que parecia espontaneamente acontecer, um povoado levado muito bem pelos ventos, uma gente destemida que sabia fazer acontecer. E a garota aparecia, mais disposta que nunca, ansiosa por sua emancipação, tinha tudo a seu favor, tudo bem encaminhado, tudo para sua satisfação. Mais nova que todo mundo, mais bela do que se podia contar, com sonhos e ousadia fecundos, com faceirisse e elegância como forma de se trajar.

Foto de Jônatas David Brandão Mota.

E TEIXEIRA CRESCEU XXVII... Logo antes de sua emancipação, nos anos anteriores a esta jurídica contemplação, Teixeira já era enorme, um povoado com características de cidade multiforme; sem as condições próprias a qualquer município estabelecido, já tinha responsabilidades e compromissos, como de um lugar grande e enriquecido, já era uma megalópole em seus serviços. Antes de suas patentes de independência, antes de suas potencialidades na auto-gerência, o povoado já se comportava como dona de si mesma, como hábil a fazer e viver a sua própria esma. Explodia de maciço crescimento, atraia gente de todos os lados e bandas, exigia, por isto, atenções e reconhecimentos, exigia, com energia, muitas prioridades, até nacionais, às suas demandas. Era um fenômeno que a natureza resolveu encampar, incluindo a gente, plantando uma ótima semente, éramos o jeito sobrenatural de toda uma natureza, sobre nós, arbitrar. Tudo acontecia harmoniosamente, parecia cumprir um script cronológico e planejado, era como um teatro muito bem montado estrategicamente, para construir-nos em moldes, por ela, arranjados. A garota bela e inteligente, estava toda contente, preparada para o seu momento maior em ideais, exigindo sua emancipação de ser-se ainda muito mais.

Foto de Jônatas David Brandão Mota.

E TEIXEIRA CRESCEU XXVIII... Ela cresceu muito, desde os primeiros momentos do seu crescimento, cresceu com intuito, desde os primeiros momentos do seu aparecimento nesta região; crescimento em todos os sentidos, em todos os melhores sentidos que um lugar possa crescer, crescimento em todos os sonhos contidos, em todos os melhores sonhos que uma gente possa ter. Ela continuou crescendo, atravessou todo o tempo com o mesmo grande crescimento, sempre foi agradável ver o seu o seu renascendo, ver e viver todos os passos do seu desenvolvimento. Ela crescia e aparecia cada vez mais, ano após ano, era assim que sempre se mostrou a todo lugar, ela crescia e aparecia em paz, era assim que sempre se mostrou com todo seu estar. Teixeira sempre foi muito vistosa em suas belezas naturais, sempre foi muito manhosa em todas as suas riquezas estruturais, sempre foi muito artinhosa em todas as suas molezas culturais; nasceu para ser assim, nasceu para seduzir, lugar que foi nascido para ser a moça bela que é, lugar que foi construído para ser esta bela e atraente mulher, instruída para ser do jeito que a gente quer. A nossa Teixeira cresceu, tem crescido e se entendeu, tem se tornado, cada vez mais, aquela garota que se emancipou para ser essa nossa gente capaz.

Foto de Jônatas David Brandão Mota.

E TEIXEIRA CRESCEU XXIX... Impressionantemente, aquele povoado cresceu, transbordou gente e esperanças por todos os lados, expandiu vida e progresso no que era seu, fez-se conhecida pelos seus brados. Com todas as forças naturais a seu favor, com todas as simpatias em seu andor, cresceu atraindo todo tipo de gente, vindos de todos os tipos de frentes, vieram conosco habitar. Cada um daqueles que por aqui chegou, que de longe trouxe o melhor do que por lá, deixou , contribuiu, tem contribuído, tem nos fornecido, os meios eficazes para sermos o que temos por cá. Nossa terra enriqueceu-se oferecendo tudo que de melhor tinha, nossa gente comprometeu-se promovendo tudo que de melhor convinha, tornou-se a terra das terras por esta região; Com um jeito muito baiano, com um feito muito mineirano, a nossa gente também se fez capixaba, com trejeitos de toda e qualquer baixada, nos fizemos brasileiros de coração. Somos Teixeira de Freitas, atrevida, somos essa garota muito crescida, somos um jeito interessante de ser tudo e muito mais, um eito alarmante de obter intuitos que tanto faz. Somos bela, a mocinha mais tagarela em sua formosura, a teimosinha mais astuta em sua brandura, um carinho especial de ser a cidade mulher com mais candura.

Foto de Jônatas David Brandão Mota.

E TEIXEIRA CRESCEU XXX... Tornou-se a bela mulher que somos, que nasceu como ninguém, cresceu como alguém, desenvolveu para um além, que nem mesmo ela sabe onde vai se levar. Ainda é muito nova, de uma graça rara e contagiante a toda prova, sabe como ser uma cidade de vanguarda, uma verdadeira leoparda que sabe agasalhar e improvisar a bem dos seus. Somos um povo muito novo, gente de sonho alto, alvo, cheio de esperanças que a vida nos faz cobranças, e nos impulsiona a vivermos diferentes, e, assim, sermos muito atraentes. Teixeira é uma belezura só, um caldo gostoso, temperado, que nos dá nó, nos faz bêbados por seus encantos, nos faz muito inspirados a participar, sem reservas, em seus cantos, em seu jeito feminino de existir. Teixeira é uma ternura só, uma brandura de lugar que nos faz pessoas felizes e encantadas com o que somos, encontradas com o que fomos, deslumbradas com o que propomos. Nossa Teixeira se tornou uma eterna garota em flor, uma fêmea cheia de doçura com a melhor da sua cor, atraente, sedutora, dengosa a toda prosa, uma mulher que a gente gosta de lembrar. Essa é a nossa Teixeira contente, nossa cidade e nossa gente, tudo que nos dá prazer de conhecer, conviver, aprender, defender, e, sermos ela.