A EMANCIPAÇÃO DO POVOADO I... Em 15 de novembro de 1984, ano contente, no ardor das discussões cívicas de nossa terra e nossa gente; foi realizado o plebiscito que trazia muita esperança e satisfação para a vida do povoado de Teixeira de Freitas; onde a cidadania, dividida pela Avenida Castelo Branco, entre Caravelas e Alcobaça, com todas as políticas e suas espreitas; escolheram não depender mais das cidades-sede de então; escolheram ser independentes como outras tantas cidades da região. À Flor da pele, estavam todos os moradores apaixonados pelo ambiente que o povoado já ministrava entre os seus pilares; foi o grande momento de todos se manifestarem pela construção social que num todo, já convergiam em seus lidares. No plebiscito entoado em favor do que parecia ser o desejo popular, e que veio concretizar este pretenso anseio municipal; trouxe um novo ar político às conversas, às discussões, à toma de posição que trouxe condição de entender o querer populacional.
A EMANCIPAÇÃO DO POVOADO II... Quase no final do ano de 1984, pouco antes da emancipação oficial da Igreja Batista Central, que seria no início de Dezembro daquele ano; a população do povoadão de Alcobaça e Caravelas, foi chamado às urnas para dizer se queria ser independente, ou se gostaria de continuar naquele submetido cotidiano. O povo prontamente atendeu, tomou fôlego e foi determinar seu futuro, tomou fôlego e foi manifestar os seus sonhos e prumos; foi assim que todas as conversas por todos os cantos, os lamentos e desencantos, tudo foi colocado em pratos limpos para a lei que abriu as portas para o povo tomar seus próprios rumos. Teixeira votou em Teixeira, o plebiscito contou por tim tim em seus registros, o desejo desenfreado de todos em construir seus próprios manejos; a totalidade da população se convenceu em transformar reclames e propostas, solfejos e apostas, nas linhas jurídicas que disse em alto e bom som, que o povo queria reger os seus lampejos.
A EMANCIPAÇÃO DO POVOADO III... Em 1986, quando das eleições municipais em todo o país; Teixeira voltou às urnas para escolher seu prefeito, seu primeiro prefeito escolhido, eleito no que quis. Até lá, até aquele momento de cívica escolha; a nova cidade se organizava, se formalizava juridicamente, implantava seus organismos e entidades, capazes de dá-la pujança de município novinho em folha. Nomes que antes se enveredaram nas lutas por aquela desejada emancipação tão bem vinda; agora juntava forças e lideranças para estabilizar os sonhos populares de uma terra ingovernável dos anseios coletivos provinda. De 1984 até aquele ano, era como estar fora da realidade, era como estar nas nuvens de ufanistas; tudo que todos queriam, tudo que todos ambicionavam, agora era tudo que as possibilidades podiam oferecer ao pior dos pessimistas. Teixeira não era mais a mesma, o povoado era passado; agora nascia um município de norteado a ser muito grande e muito determinado.
A EMANCIPAÇÃO DO POVOADO IV... Em 1986, com ares de cidade, de cidade grande, de cidade que percorria os seu destino aceito; Teixeira de Freitas foi às urnas votar, foi civilizadamente às urnas manifestar, foi escolher entre seus candidatos, o que seria seu Prefeito. Naquele ano, quando a democracia tomava algumas tímidas formas em todo o país, quando na nova cidade o olhar de todos, na mesma democracia, também, se notava muito bem fito; o povo foi à festa da votação, como cidadãos, como parte da nova história que estava sendo escrita, a maioria elegeu o carismático Timóteo Alves de Brito. Naquele evento cívico espontâneo e claramente, pela coletividade, festejada; o povo escolheu o seu interventor, o brigão das lutas populares, como o primeiro prefeito da cidade recém-emancipada. A cidade criança tornou-se adulta, a beleza precoce formou-se na bruta; o futuro estava posto, os sonhos deixavam o encosto, e, da subta paixão, Teixeira de Freias tornava-se a capital da região.
A EMANCIPAÇÃO DO POVOADO V... Em maio de 1985, quando da emancipação da nova cidade, ainda na luta que todos travavam para o feito acontecer; uma grande festa foi realizada, festança que se espalhou pelas principais avenidas, uma grande celebração para um povo a merecer. Cidadãos chamados à rua, não para protestos ou coisa parecida, não para reivindicação na na campanha pelo emancipar; cidadãos chamados à rua para demonstração de seu triunfo, chamados à rua para, desta forma, também, se contemplar. Teixeira não era mais um povoado, não era mais um lugar de disputas alheias, não era mais um espaço dividido e cobiçado; Teixeira de Freitas, agora, era uma cidade, um município com todos os atributos de município, um sonho sonhado que se tornou realizado. Era festa mesmo, festa nas ruas, festa com o povo, festa que abriu caminho para futuros a vencer; era festa que trazia a população para a rua, para que, nua e crua, ela se identificasse com seu querer ser.
A EMANCIPAÇÃO DO POVOADO VI... Em maio de 1985 a emancipação chegou, os poderes constituídos do país determinam que Teixeira de Freitas não é mais povoado; instou-se a todos os pulmões que o lugar agora é cidade, e a população foi às ruas comemorar, saíram todos à festa que há muito estava ensaiado. Pelas ruas, pelas avenidas, por todos os cantos da cidade havia a melhor das festas pra sonhar; todos eram cúmplices, o desejo comum estava alcançado, a luta comum chegou ao final com triunfo a desfrutar. Um dos principais focos de toda a festa foi a grande praça da Rodoviária, um largo inteiro tomado de gente nos festejos do novo futuro que aparecia; naquele momento todo o espaço foi tomado como símbolo cívico, onde as esperanças de promessas tornavam-se compromissos de todos a há uma só voz como se ouvia. Políticos e outras autoridades tomaram palanques, assumiram arranques, contemplaram todos os festejantes com seus discursos de alto-falantes.
A EMANCIPAÇÃO DO POVOADO VII... A partir de maio de 1995, entre outras diferenças esperadas pelas gentes que por aqui moravam, gentes que por aqui viviam, mesmo que com muitos limites; uma era de novas possibilidades a vigorarem, possibilidades a se formalizarem, trazendo condições e estruturas de cidade capaz de zelar bem da população que lhe assiste. Teixeira sempre foi um bairro grande de duas cidades vizinhas, bairro próspero, as vezes até melhor ou maior que as duas cidades podia dizer que tinha; porém, era um bairro, um povoado, um lugar segundo, com sacrifício profundo, que não conseguia oferecer um mínimo de condição aos seus munícipes com o que lhe vinha. Com a emancipação tudo haveria de mudar, tudo haveria de melhorar, e as festas ocorridas tinha esta mensagem a dar; o povo abraçava estas possibilidades, o anseio militante de ser reconhecido como um bom lugar para se viver, para se cantar, para se apregoar como céu a se provar.
A EMANCIPAÇÃO DO POVOADO VIII... Até aos dias da festa, nos anos que se passaram, até o horizontes se tornarem reais e promessas de melhorias se oferecessem ao pessoal; a “cidade” era um só barro, era uma só areia, por todos os cantos, por todas as ruas e ladeiras, o lugar estava todo no chão, havia um mal trato geral. Era um areal sem medida por todos os cantos que se corresse querendo chegar a algum lugar; era tanta areia que muitas vezes os carros atolavam nelas, as pessoas afogavam os pés nelas, se chovesse rápido elas se secavam, não havia como o pé molhar. Com a emancipação, uma atenção especial tudo isto iria receber, um tratamento principal a tudo isto iria-se promover, e a “cidade” iria receber cara de cidade, e o povo iria desfrutar de mais esta felicidade. Quem vivia naquele tempo, quem se lembra deste momento, recorda-se da grande expectativa que todos tinham diante do que viviam, o que dava ainda mais gás à festa, mais fôlego a toda aquela cívica seresta.
A EMANCIPAÇÃO DO POVOADO IX... Em 1985, marcava o encerramento de todo o processo político, jurídico, e outros mais, para que o povoado pudesse ser tomado como apto ao reconhecimento federal de cidade; era o limite temporal que nossa história tinha para esvaziar-se, tornar-se mobilizadora, na busca de todos os trâmites possíveis e necessários para operar a sua historicidade. Registra-se que os primeiríssimos passos em tudo isto que veio nos escorrer, iniciou-se desde os idos de 1972 quando nossas demandas, junto com outras tantas em povoados na mesma situação, se agigantava no peito de nossa gente, exigindo um resolver. Dinheiro, tempo, prestígios, mobilizações e outras cargas que foram executadas visando este quinhão; forjaram homens e lutadores, políticos e empreendedores, todos versados no mesmo interesse de ver Teixeira de Freitas fazer-se a delicada, bela e grande beleza de nossa região. Não deu outra, a cidade cidade se tornou com toda paixão.
A EMANCIPAÇÃO DO POVOADO X... Desde 1972, quando no auge das benfeitorias que a BR 101 recebia, para oferecer como BR que atravessava todo o país quase pelo litoral; Teixeira de Freitas se sentia amarrada, não livre, impedida de voar, de ir longe, de ser naquela estrada de longes, a cidade das cidades, no espaço regional. As construções e já as primeiras passagens verificadas no caminho que abria o Brasil para o norte e para sul, que abria as esperanças para todo o horizonte azul, dava asas para o povoado que se incomodava com todos os limites que sua condição lhe impunha ser; e foi nestes ardores sonbris que as principais lutas emancipatórias se concretizaram, dando mais e mais esperanças para o que a população irrequieta se aglomerava a ter. Desde aquele início de construções vizinhas, que incluía o imenso povoado às suas margens; a longa estrada brasileira passou a corroborar, também assim, desbancando os moradores com a liberdade do ir e vir em suas mensagens.
A EMANCIPAÇÃO DO POVOADO XI... Desde 1972, entre as muitas arrumações que um grande povoado se antecipa até mesmo por suas demandas e mazelas; uma muito atuante no convívio de Teixeira de Freitas, era a presença de políticos, domiciliados por aqui mesmo ou em Alcobaça e Caravelas. Por um motivo ou outro, e mais ainda quando na procura por votos, mediante suas promessas e reconhecimentos; eles iam e vinham, estavam sempre evidenciando a importância política do tão buscado e eficiente credenciamento. Com isto, nomes foram se tornando, cada vez mais, figuras representativas dos interesses messiânicos do povoado; marcos fundamentais para uma gente que queria muito se fazer liderada e bem representada para as conquistas essenciais ao sonho almejado. Desde aquela época, quando todas as forças convergiam no interesse de transformar esta terra numa cidade maravilhosa; os políticos já se faziam presentes, para serem os menos ausentes ante a emancipação audaciosa.
A EMANCIPAÇÃO DO POVOADO XII... Em 9 de Maio de 1985, acontece a tão esperada emancipação, Teixeira de Freitas passa a ser, num só momento, uma enorme cidade da Bahia, maior que muitas cidades de direito; no processo de autonomia, neste ano, também, junto com as eleições de deputados e senadores, o ex-povoado deveria escolher o seu primeiro e futuro Prefeito. Vitor Ferreira de Guimarães, um dos expoentes da nossa independência; Francistônio Pinto, outro nome nosso de grande imponência; e Timóteo Alves de Brito que ao final assumiu a proeminência, sendo eleito pela maioria dos votos contados na ocasião. Qualquer dos nomes que ganhasse a disputa, naquela situação, pelo engajamento em todo o movimento emancipatório do município, pelo potencial particular na administração naquele princípio, qualquer dos nomes teria muito o que oferecer; e, aprouve ao pleito popular escolher um deles, o que iria as expectativas atender, levar Teixeira aos trilhos do futuro que estamos a viver.
A EMANCIPAÇÃO DO POVOADO XIII... Após o 9 de Maio de 1985, dia da emancipação, durante o ano da campanha política, as discussões acaloradas deram um toque de anormalidade em todo o processo; um grande ardor, de todas as partes, ficou muito evidente, todos interessados em caminhos diferentes para o tão ambicionado progresso. Ânimos exaltados e muita “briga” entre partidários, tornaram-se as notícias mais comuns naqueles meses de comícios, corpo a corpo e outros trejeitos eleitoreiros praticados; se entre os políticos envolvidos, isto aconteceu com muita frequência, mais ainda foram realidades entre os eleitores contaminados. Onze mil títulos foram concedidos irregularmente, um número exagerado de fraude que mostrava a gravidade da disputa para aquelas eleições; infelizmente um início medonho para um cidade que aspirava lugar de destaque em suas projeções; mas, felizmente, episódio que, na vida da cidade, não veio determinar atrasos, amargores e outras detrações.
A EMANCIPAÇÃO DO POVOADO XIV... Aquele ano de 1985, ano da primeira campanha para escolha do primeiro prefeito para a história de nossa Teixeira de Freitas, com todos os terríveis relatos lembrados; trouxe incidentes amargos, na disputa pelo poder, incidentes terríveis que até hoje macula os momentos iniciais desta terra que busca ter passos em seu progresso acelerado. Devido à violência e confrontos até entre partidários, devido à acirrada defesa de candidaturas em todo aquele processo, naqueles meses de grande tensão e dedicação extremada; duas mortes tiveram comprometimento com tudo que acontecia, duas vítimas deram resultado fatídico aos tristes encaminhamentos de uma cadência política conturbada. Foram mortes violentas, exatamente como os motivos que ceifaram as duas vidas que, por acreditarem em seus candidatos, lançaram-se a provocar e a vier provocação aguerrida; foram mortes violentas que trouxeram dor emocional, mas muito mais dor cívica para um povo que tem a paz, como preferida.
A EMANCIPAÇÃO DO POVOADO XV... Naquele ano de 1985, ano de violência extrema, durante a campanha política na escolha do primeiro prefeito desta terra e desta gente sem igual; algumas providências essenciais foram tomadas na busca de garantir a paz e a tranquilidade, bem como a justiça e o bom senso, durante o período político a se considerar normal. Além do cancelamento de mais de onze mil títulos de eleitores, apontados como fruto de fraude de um ou outro candidato a vereador ou a prefeito; a justiça coordenadora de todo o pleito municipal, pediu reforço federal, entendendo que as coisas poderiam se agravar com mais intensidade, quanto mais próximo ficasse a eleição e seus feitos. Tropas do Exército chegaram para trazer tranquilidade maior ao que todos ansiavam naquele momento histórico de nossa cidade; chegaram trazendo um ambiente de maior segurança para todos os candidatos, para todos os eleitores, um ambiente propício para a cidadania plena de toda municipalidade.
A EMANCIPAÇÃO DO POVOADO XVI... Naquele ano, ano das eleições, 1985, mesmo com todos os eventos com tanta violência, e até mortes em apelação; mesmo com ambiente desesperador para o momento cívico da nossa população; as eleições ocorrerão com muita tranquilidade, aconteceram com muita paz e com total participação. As forças federais presentes e garantindo a segurança, presentes e impedindo maiores abusos comuns nestes momentos de tanta euforia; vieram chamados para dar a tranquilidade necessária, o que aconteceu, exatamente como se gostaria. Chegou Novembro, todo mundo foi às urnas, pessoas foram eleitas, e tudo correu exemplarmente, e a primeira eleição da cidade se concretizou; foi um marco, foi um momento inusitado para a história de nossa gente, civilizadamente tomamos postura de cidade, o que se efetivou. O povoado tornou-se cidade, a garota tornou-se mocinha, seus primeiros passos de emancipação, e ela seguiu em frente em novo bordão.
A EMANCIPAÇÃO DO POVOADO XVII... Em 1985, no calor da emancipação, no ardor da eleição, com todos os eventos negativos ficados para trás, com as tropas federais presente em nossas ruas e nos nossos arraiais, a contagem dos votos transcorreu em clima de tranquilidade e emulações; é certo que houve muito rigor das autoridades, nas bocas de urnas, no local das contagens, afastando definitivamente todas as possíveis especulações. Timóteo Alves de Brito vence com doze mil e seiscentos e sessenta votos, e seus correligionários se desdobram em alegria e muita festa; e com o desenrolar apurado no final da campanha e no dia da votação, mesmo entre os perdedores lamentosos, nenhum candidato contesta. Chegou a emancipação, os dias de lutas estão no passado, nada mais a se esforçar neste sentido, o povoado agora é município feito; chegou a eleição, este momento foi bem contemplado, este ultimato já estava muito bem cumprido, o povo já escolhera o seu primeiro Prefeito.
A EMANCIPAÇÃO DO POVOADO XVIII... Em 1985, a emancipação, em seus primeiros momentos, no embalo de todas as suas festanças adornadas de política e sonhos de bons futuros ao povoado; não se tratou de independência somente para nós aqui, em nossos torrão, mas também, por vários motivos, às duas cidades mães, como pensam os, de tudo, bem lembrados. Ganhou Teixeira em seu novo passo de evolução, de crescimento, de história e de anseios quanto ao que gostaria de ser e fazer; mas, também, ganhou Alcobaça, ganhou Caravelas, ganhou a região, ganhou toda a gente, pois no papel de progresso, foi essencial o que cada cidade passou a exercer. Motivos políticos, sociais, de proeminência, rescaldos turísticos, e até por motivos de geografia; todos concordam no bem que a emancipação do grande povoado promoveu no correr do tempo nas gentes envolvidas na porfia; ou mesmo, as virtudes da viração chegaram até nas cidades onde ninguém desconfia.
A EMANCIPAÇÃO DO POVOADO XIX... Em 1985, no alge da emancipação, no coroamento de toda a luta que uniu e desuniu pessoas, no confronto dos confrontos entre as forças influentes; considera-se que entre os todos que saíram ganhando com o feito, dizem os analistas observadores, Alcobaça foi quem mais saiu em triunfo emergente. A pesar de aparente perda, mesmo no aspecto tributário, ou no número na de habitantes para as verbas federais; a nossa cidade vizinha, segundo os entendidos naquela época, ganhou muito com o advento da autonomia jurídica de Teixeira, com todas as suas dificuldades sociais. Estava posto o marco zero na história atrevida e geniosa de nossa região, incluindo a nova cidade em seus anais de evolução; estava estabelecido o favorável divisor de águas que mostrava Teixeira em sua nova margem, em sua nova pagem, sendo ela em sua pressa de avançar, sendo ela em sua vocação de alavancar, levar consigo toda uma região.
A EMANCIPAÇÃO DO POVOADO XX... São muitos os motivos mencionados para se acreditar que todos ganharam com a dita autonomia política que ao povoado chegou; mas há um outro motivo que os faladores mais afoitos e críticos sempre pronunciaram, o Prefeito de Alcobaça quase que morava e atendia em Teixeira de Freitas, o que acabou. A emancipação que movimentava a todos, trazia exigências que a nenhuma cidade vizinha se permitiu furtar, forçava cumprimentos que a todos contribuía por depurar; o povoado se tornaria cidade, se fortaleceria como o maior município para toda a região, aos menores, neste aprendizado circunstancial, caberia a busca do auto-ajustar. Prefeitos e Vereadores, políticos de todos os naipes, judiciário em todos os níveis, a uma, todos deveriam se formatizar em melhoramentos de suas funções; Teixeira vinha com seus sonhos, mas trazia consigo, para todos em toda vizinhança, novos ares, novas tendências, novos gestos de aptidões.
A EMANCIPAÇÃO DO POVOADO XXI... Em 1986, no início do ano, foi dado posse ao novo e primeiro Prefeito da cidade de Teixeira de Freitas, numa festa memorável à história dessa gente lutadora e de visão; estava posto o fim do começo do historiado que nascera no sonho e trabalho de pioneiros que vieram voluntários ou trazidos por circunstâncias que enriqueceram uma região. No Country Clube Jacarandá ocorreram todos os cerimoniais jurídicos para a efetivação de um processo emancipatório que culminava com um Executivo e um Legislativo devidamente eleitos e aptos a exercerem seus dignos cargos; e assim foi, o primeiro momento dos muitos que a cidade viveria para chegar onde chegou, para crescer como cresceu, para ser o que é, com eleitos e população, cada um, dignificando os seus encargos. Agora, de verdade, nasce a Teixeira de Freitas cidade, com toda ferocidade, abrindo-se como uma grande cidade aberta a toda municipalidade.
A EMANCIPAÇÃO DO POVOADO XXII... Desde antes de 1985, durante a campanha política, e logo depois de posse dos eleitos, uma das unanimidades mais comentadas e esperadas, era o fato de Teixeira de Freitas tornar-se a capital, em muitos ou todos os sentidos, do extremo sul da Bahia, ante as cidades e posição geográfica facilmente contempladas. Plantava-se naquela oportunidade, com a emancipação concretizada, com sua liderança política empossada, uma nova face para esta distante região, pelo Estado esquecida; plantava-se uma nova moldura política, cultural e social, totalmente efervescente, evidentemente emergente, como novo polo de ação estadual, em atenção merecida. Teixeira ganhava, toda a região ganhava, o Estado ganhava, o Brasil estava ganhando, a emancipação trazia um novo olhar político de todo os envolvido regional; a capital do Extremo Sul acontecia e fazia acontecer todo o contexto, o que consolidava sua hegemonia natural.
A EMANCIPAÇÃO DO POVOADO XXIII... Nos tempos de autonomia municipal, uma das marcas de Teixeira de Freitas, em sua nova fase, era seu grande potencial agrícola a fundo; longos espaços já eram ocupados por plantações de mamão, de melancia, e outros produtos, cuja produção, promovia levas e levas de caminhões para todos os lados do mundo. Teixeira já nascia grande, poderosa, detentora de muita exportação quanto ao que plantava e produzia por todo o seu território, pelas muitas mãos que a manejava assim; a emancipação vinha para dar mais corda ao que já era orgulho de todos, os que plantavam com disposição, e os que consumia o fruto ou as consequências colhidas pelos afins. A emancipação veio e trouxe mais espaços a serem conquistados com tudo que já se conseguia na agricultura robusta que se via, e que fazia Teixeira em todos os cantos; riquezas estavam estampadas, fazendo nossa gente ser mais atraente em seus encantos.
A EMANCIPAÇÃO DO POVOADO XXIV... Nos tempos da autonomia municipal, Teixeira já detinha títulos importantes em sua galeria de desenvolvimento e progresso real; com robustez de um território rico em nutrientes suficientes para produções intensas, em larga escala e de alta qualidade reconhecida pelo comércio internacional; a nova cidade já ostentava resultados da maior produtora de mamão-exportação do mundo, e de segundo polo graneleiro, na melhor estimativa estadual. Já nascia grande, uma cidade maior que muitas cidades antigas no Estado e no país; município aberto para tantos que ainda chegavam para seus investimentos, era tudo que o povo sempre quis. Anos se passaram com o enorme povoado sempre se mostrando imponente, sempre se mostrando interessado em crescer e levar consigo toda uma região; e assim que veio sua independência, não teve como conter esta dedicada confirmação; Teixeira não precisou nem ir atrás, o progresso chegou mais ainda, as oportunidades mais ainda, investidores mais ainda, e todo o convívio regional tem reconhecido o significado daquela necessária emancipação.
A EMANCIPAÇÃO DO POVOADO XXV... A agricultura do município, depois daqueles dias, depois de 1986, sofreu reveses normais àquela alta produtividade do mamão nas suas carências; com a terra se cansando do volume que tanto produziu, e o mercado dando as diretrizes de suas exigências. Com isto, o polo do mamão se transferiu para outra região no Estado da Bahia; e hoje, vivemos outra realidade para a agricultura que ainda tem muito a oferecer, é a vez produtiva da melancia. Já há a festa para cristalizar esta cultura que já faz parte do cotidiano dos cidadãos, da vida financeira de todos nós que por aqui vivemos; a festa da melancia denota a importância desta atividade para o progresso de nossa gente, para o espírito de progresso que todos temos. Viva a melancia, cultura que tem tudo para ascender-se entre nós, entre nossas riquezas; a melancia é nosso feito agricultável, que abre horizontes para termos em Teixeira, outras tantas e fecundas belezas.
A EMANCIPAÇÃO DO POVOADO XXVI... Muitos anos se passaram desde aquelas festas de independência, desde os cortejos triunfantes desta terra emancipada de vez; hoje podemos ver a agricultura que nos chegou e que hoje está construindo a Teixeira que marcha por seus caminhos de progresso, de muita determinação, e de muita intrepidez. Não somos mais o que éramos nos primeiros tempos de nossa autonomia, entre os primeiros de uma determinada cultura agricultável que nos deu forças extras para um começo viril; mas, agora, no futuro, temos outras lavouras, outros programas que nos fazem estar bem no que plantamos, temos uma posição invejável à grande parte do nosso Brasil. Temos a melancia, um plantio imenso, que tem dado muitas riquezas ao nosso povo, que tem nos recolocado no comércio dos estados do Sul e do Norte; temos o eucalipto que entre os reclames de uma e de outra parte, tem nos dado virtudes incomensuráveis, nos fazendo uma gente de produção forte.
A EMANCIPAÇÃO DO POVOADO XXVII... Os moradores dos tempos da emancipação, têm facilidade de recordar, as festanças que ocorrerão naquela importantíssima ocasião; as festas religiosas, com as igrejas, de uma forma ou outra, participando, cada qual no seu cada qual, nas alegrias, cada uma fazendo, aos seus jeitos, a devida comemoração; as festas culturais, com muitos artistas mostrando seu empenho, vivendo os mesmos motivos populares, convertendo em arte, o momento histórico de toda aquela badalação; e a festa da cidade, a festa ao ar livre, quando todos, por alguns dias, vieram à praça, desfrutar da alegria que todos tinham, por estarem sendo o centro dos favores da emancipação. Foi uma festa de todos, foi uma grande festa, onde o povoado veio dar adeus ao passado de limites, o passado de sonhos, veio dar ponta pé aos novos tempos que amanhecia; a cidade acordava como cidade, acordava trazendo novos manejos para o futuro, como cidade, como bem lhe parecia.
A EMANCIPAÇÃO DO POVOADO XXVIII... Depois das primeiras festas da cidade, comemorando aquelas lutas e vitórias pela independência do nosso município; outras festas vieram, outras comemorações chegaram, e o povo sempre esteve voltado àqueles dias de triunfo, aqueles dias de vibração cívica estampada no princípio. Vieram os Axés Teixeira, os Vivas Teixeira, e os Teixeiras Folia, vieram todas com nomes e marcas diferentes, denominações criativas e gastos festivos surpreendentes ao tempo; foram maneiras variadas de se fazer a mesma continência aos reais significados que a festa originária esteve a bradar e ao mundo contagiar por todo o inicial momento. A festa sempre foi a mesma, os motivos sempre foram os mesmos, e os fundadores sabem muito bem do que se trata ao se viver tanta euforia com a população na rua; a festa sempre será a mesma, com os mesmos motivos de antes, e os primeiros moradores sabem muito bem do que se grafa ao ver o povo no topo da lua.
A EMANCIPAÇÃO DO POVOADO XXIX... O tempo passou, muitas festas vieram, muitos nomes e apelidos tentam denominar a alegria civil de nossa gente; mas, não tem jeito, a festança só tem um nome para todo mundo, não importa quando, não importa a nomenclatura que se está dando, só um nome, “festa da cidade”, é assim que a gente sente. Entra Maio e sai Maio, ano após ano, os feriados municipais daquele mês, é um só, á para um só, colocar o povo na rua para foguetear a tão sonhada emancipação; o que todo mundo pretende, é dar força aos novos para que continuem empenhados em festejar o que os mais velhos conseguiram com muita luta, e com muito coração. Tem sido muito fácil fazer isto acontecer, não só pelos rios de dinheiro pelo entretenimento badalador de todos os anos, não só isso para o que é a festa das festas do nosso povo egresso; mas pelo espírito guerreiro que ainda nos herancia o passado, nos fazendo continuadores do mesmo esforço de ver essa terra em seu pleno progresso.
A EMANCIPAÇÃO DO POVOADO XXX... A emancipação estava nos anos de lutas por sua conquista, o povo às ruas e aos palanques cobrando isto de seus políticos engajados; a emancipação estava em 1985, ano da conquista, ano da primeira festa, ano dos comícios para a eleição que concretizaria o triunfo final, em todos, estampado; a emancipação estava na posse eufórica do primeiro Prefeito e sua Câmara de Vereadores, políticos que assumiram em um todo esperançoso e animado; emancipação, sim, que estava e tem estado, nas muitas festas que se sucederam, lembrando aquele dia de festa perpétua, que todos os anos nos faz relembrar aquele passado. Teixeira faz história, a cidade tem ido embora, levando consigo suas aspirações, fazendo seus bordões, construindo um espaço que só a ela pertence no seu futuro; Teixeira faz história, tem dado de si para uma região rica e formosa, com progressos e esperanças fogosas, jeitos ardis de trazer mais esperanças para este povo que sabe o que é dar duro.