Janeiro 2015... CULTURAS QUE CHEGARAM

Foto de Jônatas David Brandão Mota.

CULTURAS QUE CHEGARAM I... A História de nossa terra está muito fixada no século XVII, antes do Brasil ser país, quando ainda éramos Colônia portuguesa, terras de Portugal; por aquele tempo muito esteve acontecendo em nosso lugar, em nossa região, muita história já povoava este nosso rincão, e, não foram fatos espontâneos, mas muito político-proposital. Por aquele tempo o rei da matriz já tinha olhos voltados para este pedaço de Brasil, e, de lá, atuou a favor de cá, e, com isto, fez acontecer muitos feitos que a história nos permite saber; foi por esta porta, principalmente, que outras culturas a nós chegou, antes mesmo que a nossa estivesse formada, antes mesmo que a nossa pudesse, por nós mesmos, se fazer conhecer. Somos o que somos, e, temos o que temos, graças, também, àquelas iniciativas valorosas; iniciativas que em canto avassalador, nos construiu, nos tem feito cidade gloriosa.

Foto de Jônatas David Brandão Mota.

CULTURAS QUE CHEGARAM II... Depois do descobrimento do país, depois de Portugal tomar posse do descoberto, depois das Capitanias para melhor administrar a possessão achada; o rei, de lá do seu lugar, toma decisões na busca de desenvolver o grande continente que estava sob seu domínio, assumindo posturas que chegaram a atingir nossa região encantada. No século XVII, mesmo antes da independência, pela estratégia, pela importância, pelo crescimento, pela visão da monarquia portuguesa, novidades nos povoados a fora, passaram a acontecer; paulatinamente, um após outro, num ou noutro tempo, em nossa região, e por outras regiões por toda a Colônia, vários povoados, em condições jurídicas de Vilas, foram levados a se reconhecer. Com isto, novas estruturas administrativas passaram a se organizar; durante o século, foi assim que nossa região, em uma das prioridades da coroa, passou a se estruturar.

Foto de Jônatas David Brandão Mota.

CULTURAS QUE CHEGARAM III... Em 1700, em nossa região, Caravelas é o primeiro povoado a tornar-se Vila, primeiro pessoal a tornar-se pequena cidade com status de pequena cidade; o reino de Portugal iniciando o século com novas iniciativas de alguma independência aos grupamentos distribuídos pelo território da imensa colônia em sua necessária e urgente governabilidade. Lugarejo fundado em 1581, como apoio à expansão que a coroa tinha, pelas Capitanias, para cobrir e apossar de toda a extensão que lhe estava designada como descoberta pelo Tratado de Tordesilhas em vigor; a considerada valorosa Vila, em 1855, pela sua importância e crescimento, torna-se cidade, com todas os conceitos e status que se deveria ter e precisar numa cidade em pleno labor. Em nossa região, naquele tempo, surge a primeira Vila, a primeira cidade pequena; surge uma Caravelas cheia de esperanças, completa de fantasias plenas

Foto de Jônatas David Brandão Mota.

CULTURAS QUE CHEGARAM IV... Em 1772 foi a vez de Alcobaça, de povoado tornou-se Vila, naquele momento já era um lugar saudável, crescente, importante, essencial à nossa região; de um momento para o outro, esta façanha histórica fez a Vila dar passos grandes em seu progresso, o que beneficiou mais ainda o nosso canto regional, fez nossa terra ser outra, desde então. O povoado fora fundado numa região indígena, a partir de 1747, com famílias chegadas de Caravelas, por causa de suas terra, próximas ao rio Itanhém, serem muito férteis para a agricultura; foi somente em 1896 que esta Vila veio a se tornar uma cidade, mas até lá, era imponente e vistosa em sua organização urbana, era bela e encantadora em suas virtudes naturais e bravuras. Alcobaça, de muitas formas, sempre foi nome significativo nas histórias de nosso rincão; Alcobaça sempre foi protagonista aos progressos que plantamos na região.

Foto de Jônatas David Brandão Mota.

CULTURAS QUE CHEGARAM V... Antes, em 1755, talvez, foi a vez de outro povoado tornar-se Vila, pelo reconhecimento da coroa portuguesa, São José do Porto Alegre, mais tarde, Mucuri; localizada à margem do Mercurim, a Vila surge já com grandes predicados de terra com muito a oferecer aos que nela habitava, aos que nela pudesse ir buscar riqueza e bem estar por ali. Lugar antes habitado por temidos botocudos canibais, primeiramente visitados, no sec. XVI, por bandeirantes como Martim Carvalho e pelo mestre-de-campo Antônio da Silva Guimarães em busca de ouro; o povoado foi depois composto pelos índios dali e portugueses degredados que no local passou a encontrar refúgio contra as garras da justiça portuguesa em outros logradouros. Alemães e Suíços por lá chegaram trazendo suas civilidades tecnologias; chegaram para plantar café, e com ele, vieram para somar conosco, as suas etinias.

Foto de Jônatas David Brandão Mota.

CULTURAS QUE CHEGARAM VI... Um pouco depois do “Antes”, chegou a vez do Prado, 1765, o próspero povoado passou a ser encarado como Vila, pelo reconhecimento da Corte em Portugal; histórias é que não falta sobre a história daquela gente e daquele lugar, tudo que de lá se fala dá orgulho e alegria, também, a todos nós aqui, é como se fosse para todos nós, um nosso madrigal. Foi no Rio Caí, quando invade o mar, no município de Prado, que a frota de Pedro Álvares Cabral desembarcou em 23 de abril de 1500, tomando posse do Brasil pelos portugueses de longe; isso é garantido por muitos dos historiadores que se debruçam a conhecer bem, e de perto, os fatos que aconteceram por aquelas terras, quando do inicio de tudo, o que a todos, pela verdade, constrange. A Vila cresceu, tornou-se ainda mais importante; e, em 1896 veio a fazer-se cidade, veio a fazer-se imponente e constante.

Foto de Jônatas David Brandão Mota.

CULTURAS QUE CHEGARAM VII... Pouquíssimo tempo depois do Prado, foi a vez de Viçosa, o povoado torna-se em Vila, em 1768, por determinação e reconhecimento governamentais; o povoado foi fundado em 1720 quando o capitão João Domingos Monteiro atracou às margens do Rio Peruípe, a qual, rapidamente, cresceu, tornou-se um povoado de crescimento e importância vitais. Por volta de 1832, foi visitada por Charles Darwin, no seu navio Beagle, de onde extraiu informações e observações essenciais para sua hipótese evolucionista, a partir do arquipélago de Abrolhos; mas, com atrasos, foi só em 1962 que veio a ser emancipada, tornando-se cidade, graças ao seu potencial turístico e comercial, e à sua capacidade de subsistências, o que lhe serviu de antolhos. Hoje é chamada de Nova Viçosa, a terra das belas e sadias praias; lugar que a natureza, sem medidas, promoveu verdadeiras alfaias.

Foto de Jônatas David Brandão Mota.

CULTURAS QUE CHEGARAM VIII... Caravelas, Alcobaça, Mucurí, Prado e Nova Viçosa, foram povoados tornados Vilas no século XVIII, atendendo preocupações vindas de Portugal; seguindo critérios e disposições seguidas por toda a Colônia, em todas as Capitanias e Províncias, os reconhecimentos essenciais da corte, chegavam atendendo a visão de uma ocupação territorial. Numa política de urbanização, melhoramentos necessários à colonização, o reino português promove muitos povoados à condição de Vila, levando cada lugar a benefícios de muitas ordens sociais; a nossa região, com povoados muito precoces, viveu, durante o século, muitas destas ações provedoras, com forte cunho político-judicial, fazendo Vilas beneficiarem inteiras regiões primordiais. Tudo isto foi inícios para uma Teixeira que somos, para a Teixeira que vivemos; estas queridas e vizinhas cidades foram o que, a ser, aprendemos.

Foto de Jônatas David Brandão Mota.

CULTURAS QUE CHEGARAM IX... Os povoamentos se tornaram Vilas, lugares em nossa região, no século XVIII, contemplados pelo reconhecimento formal da Coroa Portuguesa, em relação ao Brasil; povoados que se tornaram centros oficiais de atenção específica do domínio de Portugal sobre a Colônia extensa e rica que tinha sob sua governança por quase três séculos, sob ríspido perfil. Havia uma política de urbanização a ser desenvolvida, a ser praticada como meio de facilitar sua controladoria de maneira possível, com aspectos nobres de melhor colher os benefícios que tivesse; por outro lado, e principal motivo, ante as constantes investidas de outras nações pela invasão à Colônia, era o tão necessário povoamento, cobrindo toda a extensão que se aprouvesse. Portugal tinha obrigações iminentes para com tudo que tinha em seu poder; uma delas beneficiou nossa região; o que veio muito nos favorecer.

Foto de Jônatas David Brandão Mota.

CULTURAS QUE CHEGARAM X... Nisto tudo, há um fato a que se reportar, para que tenhamos uma visão adequada da história que notoriou a história de nossa região, e, é claro, nos alcançou; algo que determinou muito do muito que temos de Europa, de outras civilizações, correndo em nossa veia, em nossa caminhada, na estrutura que nos veio, que, nestes tempos, nos formou. Por volta de 1830, sob o entender da corte brasileira, dos designios de Dom Pedro I, como forma de aperfeiçoar todos os atributos nacionais, que tínhamos também; levas de muitos estrangeiros foram incentivadas a virem, e, para nosso canto, os suíços, todo aquele arsenal de tecnologias, toda a civilização que, na Europa, já tinha muito do que, hoje, tem. Foram incentivados a povoarem as redondezas de Porto Alegre; a vila que, mais tarde, haveria de se chamar Mucurí, o porto que a alegria persegue.

Foto de Jônatas David Brandão Mota.

CULTURAS QUE CHEGARAM XI... Além dos suíços que foram chamados para habitarem e viverem por aqui, da mesma forma, alemães foram motivados a, da mesma forma, virem para cá; viriam para Viçosa, entre nós produziriam, na zona rural, praticando o que muito conheciam, trazendo riquezas, fazendo riquezas, usando o que de melhor tínhamos para dar. Os alemães chegaram, trouxeram novos costumes, novas tecnologias, novas ilusões, novas gentes somando as povoações da Vila que já tinha muito para a boa disposição dos que por cá já estavam; trouxeram muito da Alemanhã, muito do muito que já tinham por lá, e que já os faziam civilizados, ricos, fomentadores, muito envolvidos nos objetivos para o qual, por aqui, habitavam. A monarquia brasileira, também, ficou pouco mais europeia, e pouco mais culta; a monarquia brasileira ganhava, com tudo isto, uma nova conduta.

Foto de Jônatas David Brandão Mota.

CULTURAS QUE CHEGARAM XII... Foram suíços e alemães, entre outras nações, convidados pelo Imperador do Brasil, a virem desenvolver a economia do país, com suas riquezas e trabalho; estes dois povos irmãos aceitaram e vieram, muitos deles se estabeleceram, por orientação oficial, em nossa região, e muito fizeram na construção de nosso ambiente, a um, fizeram daqui o seu assoalho. Vieram morar, uma grande parte, nos arredores de Porto Alegre, às margens do rio Mucurim, assumiram a zona rural daquele lugar, transformaram tudo, no possível, numa Europa bem brasileira; outros muitos vieram para os arredores de Viçosa, às margens do rio Peruipe, onde, com muita facilidade, se estabeleceram, trabalharam, produziram, onde astearam mais civilização como bandeira. Foram irmãos europeus que aceitaram vir; foram queridos irmãos quase brasileiros que viveram por aqui.

Foto de Jônatas David Brandão Mota.

CULTURAS QUE CHEGARAM XIII... Aqueles povos irmãos, vindos da Europa, atendendo ao Império brasileiro, deixaram suas terras, suas famílias, deixaram tudo e vieram, compuseram o cenário de progresso de nossa região; compraram ou ganharam, terras, com elas abriram fazendas, construíram patrimônio, produziram riquezas, fortaleceram a economia do nosso rincão. Subsidiados pela coroa, ajudados por seus países, apoiados por seus familiares distantes, os estrangeiros abrasileirados se enriqueceram, deram sangue novo até ao desenvolvimento dos nacionais; os que aqui se estabeleceram, os que por outros cantos, também, da mesma forma, se situaram, todos deram motivos para o Império se orgulhar da iniciativa para os progressos regionais. Nas fazendas, nos arredores de muitas cidades; homens e mulheres estrangeiros promoviam o Brasil em sua maturidade.

Foto de Jônatas David Brandão Mota.

CULTURAS QUE CHEGARAM XIV... Era do interesse da coroa brasileira, o comércio internacional do café, uma grande porta de desenvolvimento para a nação em seu começo de independência; tendo muita mão de obra de livres e escravos nacionais, não tinha fazendeiros especializados no cultivo, preparo e comércio do produto no suficiente para o objetivo proposto na eminencia. Assim, trouxe, de vários cantos do mundo, de várias culturas afundo, mão de obra especializada, gente que produzia café ou semelhantes, gente que sabia o que fazer; chegaram ávido de trabalhar e ganhar, chegaram ansiosos por fazer brotar os sonhos do imperador, fazer chover café nas terras do país, ganhar o mercado europeu e americano por querer. Chegaram e logo se distribuíram por toda parte da nação; chegaram e logo se lançaram no café para uma larga produção.

Foto de Jônatas David Brandão Mota.

CULTURAS QUE CHEGARAM XV... Os estrangeiros chegaram, estavam espalhados por todo o país, estavam plantando e produzindo café, o Brasil crescia com a exportação do produto; os estrangeiros estavam estabelecidos, traziam consigo, toda mão de obra especializada no cultivo e produção, trazia todo o aparato essencial para elevar o país que ainda era matuto. Usavam a mão de obra escrava, eles estavam em grande número por todos os lados, sob os mais variado preços, nas mãos de ricos fazendeiros ou na cidade entre as carências cotidianas das famílias e seus hábitos comedidos; eles, muitas vezes, estavam disponibilizados pelo império, facilitando os subsídios motivadores oferecidos para que os objetivos estivessem sendo bem atendidos. Escravos bons de trabalho, acostumados ao repuxo mesmo em frangalho, dados ao pesado serviço desde pequerralho.

Foto de Jônatas David Brandão Mota.

CULTURAS QUE CHEGARAM XVI... Os estrangeiros chegaram, em dado momento da história de nossa região, eles já estavam bem instalados, totalmente envolvidos no progresso que se plantava por aqui; estavam entre nós, tornaram-se ricos, eram donos de muitos escravos, terras e esperanças, faziam, de todas as formas, o Brasil ter, também, orgulho deste canto desenvolvido da Bahia, assim. Eram grandes colônias deles, como nações dentro de um país hospitaleiro, que os recebiam, e ligeiros, davam todas as condições para crescerem, até, mais que todos nós, companheiros; estavam por todos os lados, com os mais variados idiomas, só a presença deles promovia a nossa gente, até o nosso trabalho, nos fazia ricos, confortados em nossos bueiros. Eles chegaram e quando já era 1853, por exemplo, já faziam parte de nossas vidas, já nos davam orgulho em suas lidas.

Foto de Jônatas David Brandão Mota.

CULTURAS QUE CHEGARAM XVII... Os planos do Imperador do Brasil estava dando certo, a vinda dos estrangeiros estava dando outro impulso à economia nacional, muita coisa estava acontecendo para isto acontecer; espalhara as colônias por várias províncias, dera condições para que produzissem, para que a exportação fosse consagrada como forte da riqueza nacional, conforme o seu prevêr. Em 1853, por exemplo, como mostra do êxito obtido, cerca de 90% do café exportado no porto de Salvador, vinha da colônia Leopoldina, na Vila de Viçosa, aqui da nossa rica e produtiva região; alemães e suíços, arduamente, se instalaram nesta colônia, desde 1818, e, ano após ano, cresciam o resultado do empenho que tinham, chegando números surpreendentes quanto ao café e sua produção. Outras colônias também mostraram resultados felizes, mas esta deu novas motrizes.

Foto de Jônatas David Brandão Mota.

CULTURAS QUE CHEGARAM XVIII... Os estrangeiros estavam entre nós, produziam muito, alimentavam a presença escrava, mas nossa região sofria com o seu povoamento ideal, para melhor aproveitamento da região; até o século xix, até meados do século xx, tínhamos sérios problemas a enfrentar para ver nosso território tomado pela presença humana e sua inteligente atuação. Além da colonização por estrangeiros, outras iniciativas foram tomadas, aqui, e por todo o país, pelo governo central, no sentido de amenizar os empecilhos que cada situação oferecia em contrário; em nosso caso, por exemplo, as iniciativas foram fracas, insisginificantes até, demorávamos de tomar postura de lugar aprazível à instalação e desenvolvimento de famílias que vencessem estes motivos vários. O tempo passou, e nos foi muito favorável, hoje somos uma região muito viável.

Foto de Jônatas David Brandão Mota.

CULTURAS QUE CHEGARAM XIX...Alguns pontos do Brasil, facilmente vivia uma explosão populacional, logo nos primeiros séculos de seu descobrimento, sob a égide da coroa portuguesa; isto foi ainda mais evidenciado após a independência, quando o império trabalhou arduamente para que isto acontecesse com mais organização e produtividade, se esforçando contra a pobreza. Em outros pontos, no entanto, as dificuldades foram muito visíveis, tanto antes como depois das ações da coroa brasileira, visando, principalmente, a ocupação harmônica e progressista por toda nação; um destes lugares, foi nossa região, e até no Século XIX, com os incentivos aos estrangeiros, ainda assim, era notado as grandes dificuldades que estavam presentes em nosso rincão. Estavam entre nós os tais europeus, ganhando muito dinheiro; o que não era suficiente para atrair mais estrangeiros.

Foto de Jônatas David Brandão Mota.

CULTURAS QUE CHEGARAM XX... Além de tudo, pelo Brasil a dentro, inclusive entre nós, em nossa terra, uma dificuldade era premente para, do império do Brasil, os interesses e objetivos conjunturais; os pequenos grupos de estrangeiros, vindos da Europa, concordantes com as vantagens oferecidas para suas vindas, para a vida e o trabalho entre nós, sofria muitos empecilhos culturais. Eram dificuldades para eles se adaptarem nas muitas limitações que o país ainda oferecia, diante dos costumes e facilidades tecnológicas que tinham de seus países originais; eram dificuldades físicas e legais quanto às terras, os subsídios, a distribuição de sementes e outras promessas feitas e garantidas, visando atraí-los ao Brasil, em sua história e riquezas convencionais. O governo imperial, assim, viu muito de seus sonhos sofrerem desalentoso e amargo fim.

Foto de Jônatas David Brandão Mota.

CULTURAS QUE CHEGARAM XXI... Foi num ambiente de incertezas, desperdícios, intrigas, decepções, desânimo, que os nossos estrangeiros chegaram à nossa região, aos arredores da gente; foi com toda esta situação caótica a eles e ao país, que foram instalados nas vizinhanças de São José de Porto Alegre ou Mucurí e de Viçosa ou Nova Viçosa, nossas vilas abertas aos tais emergentes. Nisto, já era os idos de 1825 a 1830, e nossa gente era contada como lugarejos bem habitados, mas com áreas enormes de espaços agricultáveis muito pouco aproveitados pelos nacionais; vieram, chegaram, assumiram seus papéis de agricultores dispostos a produzir muito, a trazer muita riqueza para suas famílias, para o Brasil e para as populações regionais. Foram muito prudentes nos relacionamentos nativos; e, partiram logo para o cumprimento de suas metas e objetivos.

Foto de Jônatas David Brandão Mota.

CULTURAS QUE CHEGARAM XXII... Era muito claro para os estrangeiros, era muito claro para o governo central, era muito claro para os nacionais que recebiam os tais europeus, a colonização; era muito claro para todos que se tratava de um projeto ousado, que incentivava ousadia aos que vinham, e aos que recebiam, era um projeto que visava o crescimento do Brasil em sua produção. Café e outros produtos de fácil comércio internacional, exigia pressas que o império não poderia ter nem favorecer ao que o país oferecia a si mesmo, em seu desenvolvimento; o que acontecia em outros países em semelhanças conosco, o imperador, com sugestão inglesa, resolveu implantar e incrementar no solo brasileiro, apressando o progresso daquele momento. Era uma colonização proposta ao mundo, e urgente; principalmente para europeus e americanos e suas tecnologias vigentes.

Foto de Jônatas David Brandão Mota.

CULTURAS QUE CHEGARAM XXIII... Há um outro fator a se considerar, quando se entendia a colonização que o país estava vivendo sob os auspícios do Imperador, e do governo central; o projeto em execução, era quase totalmente subvencionado pelo Estado Brasileiro, que pagava quase todas as despesas da chegada, do estabelecimento, da estadia, da produção e do escoamento natural. Os estrangeiros tinham outras muitas opções para iguais ou melhores que as oferecidas pelo Brasil, como por exemplo, a americana, no desejo de ocupar seu imenso território para o oeste bravinho; assim, o governo brasileiro tinha que oferecer condições de igualdade para que houvesse uma atração muito competitiva com as que exisitiam, inclusive na América do Sul, nossos vizinhos. O Estado Brasileiro oferecia de tudo para atrair; e até que conseguiu muitas famílias para de tudo usufruir.

Foto de Jônatas David Brandão Mota.

CULTURAS QUE CHEGARAM XXIV... Na verdade, foi surpresa, os resultados advindos da presença dos estrangeiros na colonização promovida pelo Império brasileiro; muitos fatores concorriam para que não desse certo, e um deles era a concorrência com outros muitos países que tinham a mesma proposta para o desenvolvimento de sua gente e seu território, no comércio corriqueiro. Foi surpresa os resultado dos europeus na colonização do país, diante de outros fatores que contribuíram para o desânimo do programa, em muitos sentidos, o país não era tão interessante a eles; a Argentina, por exemplo, era mais empolgante aos imigrantes, e para lá, muitos deixaram de vir para cá, mesmo depois de terem demonstrado interesse em virem, nas exigências deles. Foi surpresa o muito que foi colhido, diante do tanto que foi, a eles, pelo governo, oferecido.

Foto de Jônatas David Brandão Mota.

CULTURAS QUE CHEGARAM XXV... Depois que chegaram, depois que se beneficiaram com tudo que o governo imperial ofereceu, depois que, até, um bom período, passaram; muitos europeus foram embora, voltaram, deixaram tudo para trás, simplesmente abandonaram todas as facilidades que lhe foram oferecidas para que desenvolvessem a colônia, à frente passaram. Quase 50% de todos que por aqui se instalaram, que por aqui se apresentaram como dispostos a promoverem o progresso regional, muitos que por aqui se contemplaram a fazer parte da região; quase metade voltou atrás, largaram plantações, casas, terras, e tudo mais que tinham recebido como itens facilitadores para o plantio e a comercialização do café, agricultura apropriada ao nosso quinhão. Foi muito decepcionante; para o Imperador, e, também, para todos nós, em alguns casos, humilhante.

Foto de Jônatas David Brandão Mota.

CULTURAS QUE CHEGARAM XXVI... Por vários motivos, a grande leva de estrangeiros que abandonaram nossa região, seguiram o exemplo de outros, em outros cantos, para o sul, indo; foram para Santos e para o Rio de Janeiro, foram para os centros desenvolvidos, onde as facilidades para a produção e o enriquecimento se mostravam maiores, melhores, para eles advindo. Eram limitações culturais e físicas entre nós, eram atrações econômicas vindas de além, eram inconformações pessoais e familiares neles próprios, tudo apontava favorável para onde eles estavam indo; Santos oferecia um grande porto e outras vantagens mais, o Rio oferecia a capital e outras vantagens mais, era uma tentação irrecusável para todos que, para enriquecer, estavam vindo. A região sofreu com a vantajosa concorrência, a nossa região sofreu muito com toda esta inconveniência.

CULTURAS QUE CHEGARAM XXVII... Os europeus vieram, aceitaram as ofertas do Império brasileiro, com o objetivo de colonizarem, se instalarem e com suas tecnologias, produzirem café; vieram se arrumaram nas imediações de Viçosa e Porto Alegre em nossa região, vilas hoje chamadas de Nova Viçosa e Mucurí, e nestes lugares, alemães e suíços chegaram com muita fé. Algumsa desculpas passaram a fazer parte do vocabulário dos tais europeus, e com isto, um a um, de família em família, muitos abandonaram o começado, foram em busca de lugares mais propícios; foram desculpas que foram se coletivizando, foram se tornando comuns, populares entre eles, e foram suficientes para que muitos deles, em muitos lugares do Brasil, seguissem outros patrícios. Com esta situação contagiante é que muitos europeus entre nós, deixassem o inicial espírito confiante.

Foto de Jônatas David Brandão Mota.

CULTURAS QUE CHEGARAM XXVIII... Quando os estrangeiros chegaram, quando estiveram entre nós, como também por todo o país, em colônias legais, subsidiadas pelo governo imperial; surgiu algumas dificuldades para que continuassem no programa que abraçaram, que os fizeram motivados, que os trouxeram ao país, uma das dificuldades foi a questão da alimentação, em geral. O argumento que surgiu como a uma, foi a do que teriam a comer enquanto plantavam, cultivavam e esperavam a produção gerar riquezas, o dinheiro trazido não fora suficiente para isto; além deste argumento, as comidas regionais eram muito diferente das costumeiras em suas terras natais, os alimentos disponíveis eram muito desconhecidos deles, diziam ter dificuldades na adaptação disto. Foi um forte motivo para o abandono quase geral por todo o país, nosso europeu não estava feliz.
Foto de Jônatas David Brandão Mota.

CULTURAS QUE CHEGARAM XXIX... Um outro fator alegado pelos estrangeiros, depois que vieram e se instalaram por todo o país, isso também em nossa região, aqui mesmo, entre nós, conosco; foi quanto à insalubridade, os receios que tinham quanto aos ambientes que foram submetidos a viver em família, os lugares, na zona rural, fora das vilas que, também, tinham pouco a oferecer naquele momento fosco. Reclamaram das sementes oferecidas, dos adubos e inseticidas, reclamaram de tudo que estava ao dispor deles, como cumprimento do prometido para que viessem; reclamaram até da temperatura, do clima instigante, do tipo de água encontrada, dos mosquitos e suas lavas, eram um poço de reclames coerentes e incoerentes, todo reclame que pudessem. Mais isto, foi motivo para desastres no programa governamental, colônias sucumbiram como tal.


CULTURAS QUE CHEGARAM XXX... Uma outra reclamação dos europeus, entre nós, e por todo o país, nos tempos das Colônias, programa instituído pelo governo imperial, por onde morariam; foi a distância, o Brasil que era continental para muitas iniciativas importantes para eles próprios como pessoas, como famílias, como colônias, como patrícios, e, também, para onde se enviava o que produziam. Acostumados a curtos destinos, em seus países de origem, e a melhores meios de condução, esse foi um dos fatores incomodadores a agitar os estrangeiros, também, em nossa região; era como que ficassem isolados, completamente, onde se estabeleceram, e isto atrapalhava até os objetivos das Colônias, até o Brasil, como um todo, sofria com esta condição. Foi mais um sério problema que existiu; foi mais um estigma a atrasar o progresso do Brasil.




CULTURAS QUE CHEGARAM XXXI... Por último, e, também muito sério e prejudicial ao programa como um todo, o colonos reclamaram outros dois motivos contra suas estadias em nosso país extenso; reclamaram a grande dificuldade quanto à comunicação, reclamaram o temor que tinham em relação aos nativos, aos índios, e estes reclames se juntaram aos demais propensos. Realmente o idioma português já era muito complicado a eles, os vários indígenas muito pior, e, ainda, os outros vários africanos, muito pior ainda, e era o comum por onde estavam; também, com sentido, o receio da convivência com os índios, basicamente aqueles rebeldes, provocadores, os que defendiam suas terras e gente, agindo com violência e mortes, por onde passavam. Nossos estrangeiros tinham muitos motivos para não se adaptarem bem, e muitos não se adaptaram.