RELATOS - 2014



Jul01... RELATOS I... Por volta de 1916, na região que hoje é nossa Teixeira, com o melhor de sua “nata”, haviam fazendas comoa “Ibiribeira”, que era às margens do Rio Itanhém grande, próxima da fazenda Cascata; e também a fazenda Nova América onde hoje o bairro com o mesmo nome se expande. Por volta de 1924, enquanto um pequeno grupo de caboclos formava algumas casinhas de taipa em meio ao mato, onde hoje é a Praça dos Leões no centro, vivendo de caça e pesca do rio perto e atento, filhos dos fazendeiros iam morar em Alcobaça, para matemática estudar; iam, por uns quatro anos aprender a contar, conhecer muito bem sobre as quatro operações, a leitura, fazer o nome e outros conhecimentos considerados no educar.

Jul02... RELATOS II... Por volta de 1950, quando, então prefeito de Alcobaça, com a mata em colunata, Antonio Ramos mandou fazera estrada ligando aquela cidade à Fazenda Cascata. Depois, então, o fazendeiro Joaquim Muniz Neto, o “Quinca Neto”, construiu uma estrada na base da enxada e enxadão; ligando a Fazenda Cascata ao Porto de Navios em Caravelas, que serviu por vários anos para o escoamento da produção de cacau e madeirada região. Época que o Instituto do Cacau da Bahia construiu todo aquele acervo que lhe servia; conservado e existente até hoje na fazenda Cascata em Teixeira de Freitas em “relíquia”. Bom começo para tudo que somos hoje em dia; um início ousado, trabalhoso, destemido e repleto de gente com muita ousadia.

Jul03... RELATOS III... Um transporte muito utilizado pelos moradores naqueles inícios de muita raça, era a canoa, pois a grande cidade da região era a bela e convidativa Alcobaça. Normalmente estas embarcações eram carregadas de arroz, farinha, café, mandioca, e outros produtos; e desciam pelo Rio Itanhém para serem vendidosna grande cidade com seus atributos; numa viagem que durava 2 dias de rio abaixo em natural conduto. Retornavam-se, estas canoas, carregadas de sal, açúcar, óleo, roupa e outras coisas mais, numa viagem de rio acima que durava até 5 dias num mínimo capaz. Às margens do rio que corria solene, os canoeiros dormiam o sono dos cansados, sob a armadura de telheiros bem simples, que sobre as canoas, eram montados.

Jul04... RELATOS IV... Diz quem sabe, que no local onde está hoje a Praça dos Leões, foi onde toda a história da cidade começou. Ali se foi povoando aos poucos com as chegadas dos moções, naquele lugar aos poucos, muito rapidamente, as famílias se juntaram, onde tudo se abancou. Nomes foram se somando, mesmo em pouco tempo naquele crescer frenético; foi-se chamando “Comércio dos Pretos” pela raça dos primeiros que chegaram, “Mandiocal” pela colheita dos primeiros que plantaram, “Perna Aberta” pelos caminhos que os primeiros apontaram, “Tira Banha” pela criação que os primeiros cultivaram e “Arrepiado” pelo tipo de mata que os primeiros desbravaram. Não foi em vão ou sem sentido, qualquer dos nomes que os primeiros fomentaram.

Jul05... RELATOS V... Do “Comércio dos Pretos” foram nascendo acessos para localidades mais antigas e prosas;lugares avizinhadoscomo Barcelona e Santa Luzia de Nova Viçosa; estradas feitas por Eleosíbio Cunha. construtor que,a serviço do DERBA, à região,chegou. Ele bem contou com a colaboração de homens influentes na comunidade, os madeireiros Chico D’água, Manoel de Etelvina, Hemenegildo Félix de Almeida e Júlio José de Oliveira, primeiros moradores da localidade. Assim formava-se o lugarpelo grande volume de madeira de lei existente na região, o que proporcionou de muitas casas, a construção; povoado, que logo foi denominado de São José de Itanhém, por ficar próximo à margem esquerda do rio com o mesmo nome, nestas paragens que parecia ser de ninguém.

Jul06... RELATOS VI... Os jovens entre aqueles antigos moradores, por volta de 1952, neste cantão, casavam-se no distrito de Helvécia, porque só lá havia padre e cartório na região. As moças e os rapazes conheciam seus consortes enamorados à felicidade, quando tinham que ir a um ou outro canto, uma ou outra festa, um ou outro evento fora da comunidade. Para o trabalho no comércio desta juventude, neste tempo, comprava-se, entre outras coisas, porcos em Joerana, por exemplo, e gastava-se um dia inteiro para tocar os animais até a localidade, como tropeiro. Depois de crescidos e bem pesados, os animais tinham que ser levados para outras paragens, onde eram vendidos, abatidos e comercializados; favorecendo os ganhos e melhoramentos de todos, favorecendo o lugarejo ser apreciado nestas passagens.

Jul07... RELATOS VII... Quem estuda Teixeira, nos primórdios de seus tempos no nada, onde nada havia, a não ser o tudo que homens de bem, galhardos conquistadores, soçobravam em suas desbravadoras biografias; tem que buscar nas vivências e relatos de várias famílias de negros afro-descendentes; entre os pioneiros no povoamento, pela na década de 1960; o que viveram, o que foram, o que sonharam em suas mentes; como brigaram com tudo e com todos, como sobreviveram a tais lutas que não foram tão lentas. Na história triunfante de nossa terra, e de nossa gente, de todos os chames que tivemos e nos foi influente, o “Comércio dos Pretos” é quem mais denota a nossa historíola recente; são marcas profundas em nossa cultura, em nossa mentalidade e em nossa vida presente.

Jul08... RELATOS VIII... Notícias breves dão conta que, em Teixeira de Freitas, o cemitério primeiro foi criado em 1950, na região onde hoje é o Posto Pioneiro.Também conta que em 1955, chegou, a mando do governador da Bahia, o primeiro delegado na pequena comunidade, mesmo que precisar, não parecia; pois só 7 anos depois, quando nada grave aconteceu, em 1962, é que este delegado, lavrou seu primeiro auto infracional pela morte de um homem que foi vítima de um sério atentado criminal. Conta também, que em 1964, no ano do golpe chamado Revolução, o DERBA em muito ampliou suas ações com estradas e rodagens por nossa região, para que de 1965 a 1971, construísse a rodovia nacional da BR-101. Teixeira que já era nascida, agora adolescente já figura como cidade crescente, importante para toda uma nação.

Jul09... RELATOS IX... Outras notícias breves, também dão conta que nos inícios de Teixeira, numa disposição missionária e genérica, as missas religiosas iniciaram a acontecer na sede da fazenda Nova América; às margens do Rio Itanhém, onde hoje se conhece como Prainha, lugar de banho de todos que parece não pertencer a ninguém. O Frei Olavo e o Frei Simão, de canoa, vinham de Alcobaça com a necessária religião; algum tempo depois é que passaram a vir montados sobre o lombo de cavalos para celebrar a missa do Cristo em Sua paixão. Contam também, que em 1958, em 14 de abril, já na capela de São Pedro, no Comércio dos Pretos, onde o povoado surgiu, é que foi celebrado o primeiro casamento da comunidade, o matrimônio de Aurelino José de Oliveira e Isaura Matias de Jesus que deu, aos moradores, um ambiente propício de cidade.

Jul10... RELATOS X... Mais notícias breves nos dizem que pelos anos de 1965, se viajava até Juerana, o que era bem bacana, no dorso de um animal ou mais;lá se embarcava no Trem de Linha, sobre a Estrada de Ferro Mamãe África e seguia até Teófilo-Otoni, em Minas Gerais. Normalmente a viagem era feita para se comprar mercadorias como sapatos, roupas, agulhas, botões, linhas e etcétera e tal; se trazia tudo, pelo mesmo caminho e rota visando se revender no povoado do Mandiocal. Nesta ocasião a comunidade já estava a se fazer crescer; já haviam cerca de 25 residências de famílias entre amigos, vizinhos, desbravadores que na mata aprenderam a conviver. As casas foram construídasafastadas umas das outras em distâncias bem genéricas; hoje os locais delas são conhecidos por Praça dos Leões, bairro Vila Vargas e o bairro Nova América.

Jul11... RELATOS XI... Mais notícias breves ainda, afirmam que, logo depois da sua chegado, o DERBA trouxe de Salvador, e no povoado deu entrada: Maria Ely Cerqueira e Marlene Câmara as professoras;vieram para que lecionassem à criançada do povoado, sendo-lhes do saber as precursoras.Assumiram uma escolinha improvisada,onde hoje é o bairro Teixeirinha no local que funciona a EMBASA. Estas profissionais, a seu tempo, e naqueles ventos, foram as primeiras professoras, com seus intentos, de todo mundo que na época estudava;ecom as suas formações em magistério, formas e conteúdos, uma toda geração se moldava. Foi assim, com ótimo alicerce que nossa cidade foi brotando com a melhor credibilidade, e entre as muitas gratidões que nossa gente tem, uma é a estas mulheres determinadas que se deram por nossa comunidade.

Jul12... RELATOS XII... Contam, também, sobre junho de 1960, as boas línguas, do que está inscrito: que aqui chegou um grande fazendeiro da cidade de Itapetinga, por nome Manoel Cardoso Neto, o “Nelito”. Chegou entusiasmado como mais um, dos muitos, desbravador, e aqui, bem recebido por todos, com seu muito ardor, comprou terras depois de muito negociar;tornou-se dono de muitos alqueires de fazenda, justamente onde hoje estão os bairros Nova América, Castelinho e Caminho do Mar. Queria investir mais, e com a chancela de Lomanto Júnior, o então da Bahia, governador, montou uma charqueada que promoveu empregos, produção, progresso e, no povo, o próprio valor. Ele foi, também, um dos incentivadores de mais serrarias a chegar, época que foram extraídas dessas áreas muita madeira da espécie Peroba e Jacarandá.

Jul13... RELATOS XIII... De alguns dos muitos desbravadores temos como lembrar de suas ações feitas, mas o povoado crescente, hoje, se chama grande cidade de Teixeira de Freitas. Esta sua denominação foi conclamada em homenagem a Mário Augusto Teixeira de Freitas, ilustre baiano; nascido em 31 de março de 1890 na cidade de São Francisco do Conde se não me engano. Falecido em 22 de fevereiro de 1956 na cidade do Rio de Janeiro, depois de tanta importância, tanto serviço, promovendo um Brasil mais ordeiro. Foi o estatístico brasileiro que fundou o Instituto Nacional de Estatística, órgão que já começou fundamental para o país se conhecer melhor, com a melhor da balística;órgão que em 1938, o nome foi mudado, chama-se Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, que tem mudando o país para um Brasil bem estudado.

Jul14... RELATOS XIV... O baiano Mário Augusto Teixeira de Freitas, jovem destemido, formou-se em Direito em 1908, mas já se mostrava interessado no mundo político assumido. Se destacou, em sua época,no país, como um dos mais expressivos, pensadores de requinte; em um período marcado por expoentes saídos de movimentos modernistas e revolucionários dos anos 20. Contemporâneo de nomes como Alceu Amoroso Lima, Gilberto Freire, Azevedo Amaral e Oliveira Viana, contribuiu seriamente com a intelectualidade nacional, contra a politicagem, no seu tempo, encomendada e leviana. O seu pensamento teve como marca, ainda mesmo no futuro, a abrangência da reflexão teórica e científica; bem como a eficácia da intervenção no sistema político, administrativo, social, técnico e científico do país, tirando o povo da acomodação pacífica.

Jul15... RELATOS XV... O nome para o povoado, como homenagem ao recém-falecido baiano intelectual, ocorreu porque o governo da Bahia achou por bem prestar-lhe uma homenagem póstuma a este nome nacional. Paralelo a isto, os chefes das agências de estatísticas, distribuídos pela Bahia, haviam recebido ordens da direção central do IBGE, no sentido de propor junto aos prefeitos de cada município baiano que fosse dado o nome de Teixeira de Freitas a um logradouro importante qualquer. Assim, num canto muito rosco, um nome que não tinha nada a ver conosco, nada a ver com nossa história, de uma forma muito simplória, não só passou a fazer parte do nosso rico existir, mas clareou nossos horizontes, nos fazendo ver que não somos locais, nem regionais, somos nacionais; temos um papel fundamental para o desenvolvimento deste país

Jul16... RELATOS XVI... Eis que em 1957, no início do ano, então; quando nosso povoado já se fazia interessante e relativamente significativo à região; o chefe da agência de estatísticas na querida Alcobaça-lendária, Miguel Geraldo Farias Pires, homem forte de uma visão política extraordinária; atendeu,em caráter oficial, determinações emanadas da Inspetoria do IBGE no Estado; solicitou à Prefeitura e Câmara daquelacidade a homenagem póstuma a um imortal baiano muito bem avaliado.Mário Augusto Teixeira de Freitas, brasileiro digno de honras até de nações amigas além, como o melhor nome indicado ao crescente Povoado de São José de Itanhém. Esta proposta foi bem aceita, sem ressalvas, pelo Executivo e Legislativo do momento, o nome “Teixeira de Freitas”, oficialmente, tornou-se o nome da nossa gente ordeira, da nossa história e alento.

Jul17... RELATOS XVII... Oalforriar do município, numa festa cívica e de envolvimento com toda a gente do lugar, juntou forças as mais variadas, as mais destacadas e as mais mobilizadoras que se podia, na época, comungar; foi estabelecida, assim,a Lei 4.452 de 9 de maio de 1985 numa social convulsão; quando se concretizou, para a alegria de todos, num comemorar inesquecível, a tão esperada emancipação. A instalação de Teixeira de Freitas se deu em 1º de janeiro de 1986, tendo o chefe político Temóteo Alves de Brito sido empossado como primeiro prefeito do município com muita honradez. Após longa caminhada na liderança política pela emancipação de nosso gostoso e crescente lugar, foi, depois, eleito pelo voto direto do povo, administrador com a prudente, diplomata e previdente sabedoria que sempre lhe é peculiar.

Jul18... RELATOS XVIII... Na época da festa jurídica, politica e civil da emancipação de Teixeira de Freitas, a nossa terra sem igual; homens constituídos politicamente tomara a frente para a formulação deste tão esperado trunfo social. Um foi o vice-prefeito de Alcobaça, Gilson Roque do Nascimento com toda sua simpática sensatez;o outro foi o presidente da Câmara, Permindio Muniz Bomfim, gente de caráter e altivez; outro foi o vereador Gessé Inácio do Nascimento, a quem se devota a melhor intrepidez; e, por último, entre outros mais, foi Pedro Guerra e José Militão Guerra com seu melhor exemplo de honradez. Estes tantos encabeçaram, de um jeito ou outro, o projeto de Lei da emancipação de Teixeira de Freitas. A eles, com o melhor do nosso respeito varonil, devemos um momento histórico e singular, da nossa existência na história do Brasil.

Jul19... RELATOS XIX... A história da cidade de Teixeira de Freitas, embora recente, guarda aspectos pitorescos e valiosos que auxiliam a analisar a situação socioeconômica atual no município. Vários destes aspectos são relatados pelo seus mais antigos moradores, que testemunharam muitos deles deste o princípio. Entre eles o fato de que em 1965 e 66 já existiam vários núcleos ou futuros bairros, que, embora vizinhos, eram de municípios diferentes: Vila Vargas, Jerusalém, São Lourenço e o povoado Duque de Caxias, que do município de Caravelas, eram pertencentes. Monte Castelo, Bairro da Lagoa e o bairro Wilson Brito (também chamado Buraquinho), de Alcobaça eram remanescentes. Assim, Teixeira de Freitas foi criado com o desmembramento de terras destas duas cidades; pedacinhos de cada uma vieram fomentar virtudes em nossa unidade.

Jul20... RELATOS XX... Devido ao bifurcamento das estradas de rodagem para Alcobaça e para Água Fria, hoje cidade de Medeiros Neto, o povoado de São José de Itanhém era conhecido popularmente como “Perna Aberta”, bom lugar de muito e fraternal afeto. Hoje no centro de Teixeira de Freitas, as antigas rodagens estão localizadas na Avenida Marechal Castelo Branco e a rua Princesa Isabel, fazem junção na esquina em frente ao Bradesco, na antiga Casa Barbosa, dali chegavam e iam todos que, de um jeito ou outro traziam, rescaldo daquela economia fogosa. Outra estrada, neste mesmo ronco progressista em nossa prosa, é a que ligava o povoado ao porto de Santa Luzia, no município de Nova Viçosa, a qual foi dainiciativa da firma madeireira Eleosíbio Cunha, sua construção;Teixeira de Freitas sempre foi um entroncamento de boas amizades na região.

Jul21... RELATOS XXI... Com um pujante comércio de madeira de lei, o povoado se desenvolveu bastante de forma varonil, provocando a imigração de comerciantes, de agricultores e de pecuaristas de outras regiões do Estado e do Brasil; entre estes chegantes, inclui-se os Senhores Alcenor Barbosa e Hegberto Rabelo Pina, valorosos homens cuja vinda e presença, nos enriqueceu, como a história nos afirma. Mesmo com as limitações daqueles momentos, sem contar com qualquer infra-estrutura comovias de acessos razoáveis e energia elétrica inicialmente ideal, o povoado atraiu contingentes migratórios consideráveis em tamanho e qualidade social. Assim, pelos anos de 1980, Teixeira de Freitas já era um expressivo centro regional, com mais de 60 mil habitantes, sem ainda ser emancipado na política estadual.

Jul22... RELATOS XXII... Até a década de 70, não faz tanto tempo assim,como enorme povoado perdido na Mata Atlântica, naquela mata do que ainda tinha no interior baiano, mata do que resta do que a natureza ainda planta;Teixeira de Freias era apenas uma grata referência para os seus próprios e muitos moradores no local, ocasião em que a localidade, mesmo tendo um nome reconhecido, era ainda apelidada de “Mandiocal”.A constituição do município é muito recente, sua organização política é muito particular, porém até há pouco tempo, 1986, o núcleo urbano possuía uma situação muito singular. Em comparação com outras cidades, mesmo em nossa região, a nossa biografia é diferente, ela é feita com muita paixão; os homens e famílias que nossa contingência atraiu, são marcas profundas que nossa história fantasiosamente construiu

Jul23... RELATOS XXIII... Antes de sua rápida, crescente e significativa emancipação, o território de Teixeira de Freitas era divido, quase igualmente, entre dois magníficos municípios, em sua administrativa subordinação. A vila que já nascia grande, que atualmente deu origem à nossa cidade e que gerou tantas querelas, estava localizava exatamente na linha divisória entre os municípios de Alcobaça e Caravelas. Poeticamente, isto nos fazia um povo ordeiro e bonzinho, de tal modo que algumas ruas estavam em um município e outras no seu vizinho; uns bairros estavam em um município e outros no seu juntinho; algumas famílias estavam em um município e outras no seu chegadinho. Com esta proximidade histórica e bem faceja, a cidade se formou, ela se contornou, criou um jeito singular de crescer, progredir, atrair e todo mundo se cuidar, cuidando de si.

Jul24... RELATOS XXIV... Antes de sua emancipação, Teixeira sofria suas naturais limitações de povoado; por não ter um acompanhamento mais de perto, por não ter uma organização planejada, por estar com crescimento desenfreado e instaurado. Alcobaça dispensava uma atenção pouco maior que Caravelas, ao povoado em desenvolvimento; diante da simplicidade da organização administrativa e a pouca importância que a Vila de Teixeira de Freitas tinha no momento.O povoamento não possuía nenhum mecanismo legal e constante para o acompanhamento e a fiscalização sobre o que e como se construía; não havia um aparato legal e constante para se formalizar a normatização da lei, no tudo que por aqui se fazia. Assim o núcleo urbano ia se estendendo, se expandindo, de muitas formas, desorientado; era o progresso que vinha, todo desatinado.

Jul25... RELATOS XXV... A partir da movimentada década de 70, com a construção impulsionadora da rodovia BR-101, numa disposição que só o progresso ostenta, numa ousadia que não reconhece obstáculo nenhum, e, também, num movimento que já havia se iniciado alguns anos antes com muito pouca intensidade, a mata foi sendo derrubada sem nenhuma animosidade e substituída por pastagens, conforme os chegantes criadores vinham em suas capacidades. Inicialmente, a partir de meados dos anos sescentanos, num processo mais lento e invisível, chegaram os criadores do interior baiano. Assim, com portas já abertas pela rodovia, vieram imediatamente os criadores mineiros; junto a estes, os capixabas madeireiros; que, numa conjugação de interesses, intensificaram a tomada da mata, foram mudando o espaço teixeirense inteiro.

Jul26... RELATOS XXVI... Final dos anos 60 com suas culturas e manias, até meados dos anos 70, é o tempo da chegada paulatina das serrarias. Considera-se que estas chegadas naquele tempo foi decisiva e contorneadora do grande aumento verificado no contextualizado movimento da já dinâmica região; e reforçou a tendência de todo o comercio, em sua exuberante expansão. Entendia-se que, em nossa terra, o solo se mostrava adequado para a agricultura, e nesta postura o povoado se fazia exportador de madeira, plantios e carne bovina. A fase econômica do “milagre brasileiro”, no início da década, promoveu a expansão do mercado consumidor no sul do país, e, nesta matriz, Teixeira, em seu ávido progresso, passa a atrair migrantes agricultores e empresas cooperativas, sedentos de produção e lucro rápido, no abastecimento daquele processo.

Jul27... RELATOS XXVII... Durante os anos 70, muitas condições favoráveis se acumulavam a favor de nossa Teixeira, a nossa gente, por aqueles tempos, poderia ser chamada de “empreendeira”. O beneficiamento da madeira nativa, a pujante agricultura produtiva, um mercado certo e comprador, nas pastagens um bom gado reprodutor e a rodovia abrindo as portas ao migrante ávido de oportunidades, aceleram o crescimento do povoado com várias agilidades. Sem emancipação, Teixeira estava ainda na vinculação Político-administrativo de Alcobaça e Caravelas; naquele momento de desprendimento em suas trelas, o povoamento se erguia para uma posição ascendente, marca que lhe caracteriza até os dias presentes, fazendo-lhe atrativa, aguerrida, um lugar gostoso de se viver, um lar pomposo para se trabalhar com muito estilo para crescer.

Jul28... RELATOS XXVIII... A nossa cidade de Teixeira de Freitas tem se notabilizada em seu canteiro, atualmente se destaca com promissora expansão no bom nordeste brasileiro. Seu grande crescimento econômico no fazendo uma locomotiva regional, vê-se principalmente, sem esforço, no crescer do seu pólo comercial. Da mesma forma, para qualquer observador, a princípio; vê-se todo vigor de sua importância, no aquecimento constante da construção civil no município. Há outros aspectos se concretizando na vida econômica desta belezura de cidade, um pólo moveleiro e um comércio vivo em competitividade, um forte e “orgulhante” polo educacional, e uma poderosa agricultura exportadora sem igual. Temos todos os motivos para onde chegamos estar, e já temos todos muitos mais motivos para chegarmos aonde haveremos de chegar

Jul29... RELATOS XXIX... Como acontece por todos os cantos na vida da Bahia, em Teixeira o ano todo, por tudo, é muita festa, é festa, por qualquer motivo, todo o dia. Nestes anos que já se passaram, a festa de maior tradição do calendário anual é a festança em homenagem ao aniversário da emancipação; ele sempre acontece em Maio, e para esta data todos esperam grande comemoração. Uma outra que faz parte do calendário de todos, que já é muito tradicional; a Exposição Agropecuária que sempre dá graça e encanto a nossa gente, no circuito nacional. Outra festa que parece vai dar o que falar e fazer, nestes próximos anos que hão de vir, é a festa da melancia, ao gosto que a maioria aprecia, um tempo de todos, a economia municipal, conhecer e sentir. Assim é Teixeira, uma linda baiana, que por todo o ano tem motivo bacana de ser sem igual.

Jul30... RELATOS XXX... Teixeira de Freitas, nosso torrão natal, é a maior cidade do extremo sul da Bahia, em todo sentido real. É tida, pelos mais entendidos, como a capital dessa região administrativa e fecunda, com mais de 160 mil habitantes com muito progresso que os circunda. Ladeada prazeirosamente, e disto tirando muito proveito, por 13 municípios que formam um gracioso laço estreito. Avizinhada, também, como por encanto, pelas regiões nordeste das Minas Gerais e o extremo-norte do Espírito Santo. A nossa querida cidade é reconhecida como o maior pólo comercial, é quem dá forma e crescimento a esse triângulo mesorregional. Entretanto é o 15º maior território do extremo sul, da Bahia e do Brasil, as paisagens mais belas; com uma área de apenas 1.154 km² desmembrado dos municípios de Alcobaça, 68%; e 32% de Caravelas.

Jul31... RELATOS XXXI... Teixeira de Freitas é uma história, uma longa história, uma rica história; os relatos se somam e contam muitas coisas, inclusive a economia, a convivência e a vida migratória. Os que aqui chegaram, os que aqui nasceram, os que aqui passaram, todos têm um mavioso encanto a contar sobre o que por aqui viveram e os impactaram. Em cada vida, em cada jeito, em cada maneira de olhar, há uma história, há um relato, há um novo encanto a se pronunciar; e, assim, é Teixeira, a nossa gostosa cidade querida, essa doce e singular beleza que facilmente nos é a preferida, e, com seu jeito feminino e sedutor, nos faz sempre cada vez mais sonhador; um desejo que nutre todas as almas que por aqui vivem, que por aqui se incidem, gente atraída pelos encantos de nossa gente e que por aqui se dão e convivem. Isso tudo nos fazem Teixeira de Freitas.